Sheikh Hasina destituída, todos os olhos no Bangladesh estão voltados para o principal partido da oposição – o Partido Nacional do Bangladesh ou BNP, cujo principal líder – a antiga primeira-ministra Begum Khaleda Zia – foi libertado da prisão domiciliária.
Seu filho Tareue Rehman está voltando para Bangladesh. Outro importante líder do BNP que deverá retornar é Salahuddin Ahmed, que mora na Índia desde 2015.
Ahmed cumpriu pena de um ano de prisão por entrar ilegalmente na Índia, mas mesmo depois de ser libertado optou por permanecer.
O líder, que está acampado em Shillong, afirmou que Khaleda Zia necessitará de tratamento médico avançado.
“O BNP quer que todas as acusações contra ela sejam retiradas. Ela precisaria de tratamento avançado e teria que ir para o exterior para isso”, disse Salahuddin Ahmed. O presidente de Bangladesh, Khaleda Zia, já recebeu seu passaporte renovado.
“O povo de Bangladesh acredita fortemente que Sheikh Hasina partiu depois de ser forçada. Outros não tiveram a sorte de sobreviver. Felizmente ainda estou vivo. Estou pronto para retornar desde o primeiro dia”, disse Salahuddin.
Salahuddin, que desembarcou em Shillong em 2015, foi julgado por entrada ilegal. Ele foi absolvido em 2018 e desde então está livre para ir embora.
O processo, no entanto, foi adiado na sequência de um apelo das autoridades contra a sua libertação. Em 28 de fevereiro, um tribunal em Shillong manteve a ordem de absolvição de 2018.
O líder do BNP afirmou que Begum Khaleda Zia precisa de tratamento médico avançado no estrangeiro, pelo que o BNP exigiria que todas as acusações contra ela fossem retiradas. O BNP também convocará eleições gerais neutras.
“O que aconteceu a Hasina foi o seu destino, pois ela recorreu ao mau governo durante três mandatos consecutivos com eleições falhadas e houve ausência de Estado de direito. Foi uma tirania completa. A situação que prevalece no Bangladesh é algo como a revolução em massa liderada por estudantes.” Salahuddin disse.