Moscou:
Os promotores russos solicitaram uma sentença de 15 anos de prisão para um cidadão russo-americano acusado de “traição” por fazer uma doação a uma organização pró-Ucrânia.
Ksenia Karelina, que vive nos Estados Unidos, foi presa em fevereiro enquanto visitava familiares na Rússia, acusada de fornecer assistência financeira ao exército ucraniano.
“A promotoria solicitou uma sentença de 15 anos de prisão em uma colônia penal de regime geral”, disse na quinta-feira agências de notícias estatais russas, citando o advogado de Karelina, Mikhail Mushailov.
Ela doou cerca de US$ 50 para uma instituição de caridade pró-Ucrânia com sede nos EUA depois que a Rússia lançou sua ofensiva militar em grande escala em 2022, informou a mídia dos EUA, citando sua família e seu empregador.
O serviço de segurança russo FSB acusou-a de recolher dinheiro que foi “usado para comprar suprimentos médicos táticos, equipamentos, armas e munições para as forças armadas ucranianas”.
A mídia estatal russa informou que ela se declarou culpada em uma audiência na cidade de Yekaterinburg, nos Urais, na quarta-feira.
O veredicto será divulgado na próxima quinta-feira, informou a assessoria de imprensa do tribunal à AFP.
Moscovo lançou dezenas de processos criminais contra cidadãos russos que acusa de apoiar ou colaborar com Kiev.
Karelina, com cerca de 30 anos, é apenas uma de uma série de cidadãos norte-americanos e com dupla nacionalidade que também foram alvo.
Na semana passada, a Rússia libertou três deles – os jornalistas Evan Gershkovich e Alsu Kurmasheva, bem como o ex-fuzileiro naval Paul Whelan – na maior troca de prisioneiros Leste-Oeste desde a Guerra Fria.
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