Genebra, Suíça:
O chefe da Organização Mundial da Saúde apelou na quinta-feira ao aumento da produção de vacinas contra a cólera, destacando o que chamou de “escassez crítica” em todo o mundo.
A agência de saúde da ONU disse que 307.433 casos de cólera e 2.326 mortes foram relatados em 26 países até 28 de julho.
“A resposta continua a ser afetada por uma escassez crítica da vacina, à medida que a procura continua a ultrapassar a oferta”, disse o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no X, antigo Twitter.
Desde o início do ano, mais de 300 mil pessoas adoeceram com #cólera e mais de 2.300 morreram por causa disso.
A resposta continua a ser afectada por uma escassez crítica da vacina, à medida que a procura continua a ultrapassar a oferta, com 105 milhões de doses solicitadas por 18 países… pic.twitter.com/RknHN8ih8D
-Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) 15 de agosto de 2024
Cerca de 105 milhões de doses foram solicitadas por 18 países desde Janeiro de 2023 – mas apenas 55 milhões de doses foram produzidas no mesmo período, acrescentou Tedros.
Numa nova actualização da situação, a OMS afirmou que entre Janeiro e Maio de 2024, o stock de vacina oral contra a cólera “estava totalmente esgotado”.
Tedros apelou a “mais investimentos no aumento da produção de vacinas” e apelou a todos os países para que gastem mais em “água e saneamento, e na preparação para emergências para evitar novos surtos”.
A região do Mediterrâneo Oriental, África e Sudeste Asiático registaram os maiores números de casos, disse a OMS, que considera o risco global da cólera “muito elevado” devido ao número crescente de casos e à escassez de vacinas.
A OMS afirma que, após décadas de progresso contra a cólera, os casos voltaram a aumentar desde 2021, inclusive em países que não viam a doença há anos.
Os casos registados até agora devem ser interpretados com cautela devido a potenciais atrasos na notificação, afirmou a OMS.
A doença, que causa diarreia intensa, vômitos e cãibras musculares, geralmente surge da ingestão ou ingestão de alimentos ou água contaminados com a bactéria, segundo a OMS.
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