Aos 39 anos, Cristiano Ronaldo ainda está na elite do futebol mundial, porém, a princípio essa não era sua ideia. Os seus golos frente à Escócia e à Croácia mostram que a sua voracidade na baliza está intacta e, embora o seu nível não seja o de há várias temporadas, mantém algumas das suas melhores qualidades. Ele já marcou 902 gols como profissional e começa a especular que chegará aos 1.000.
No entanto, o ‘7’ teve uma mentalidade muito diferente no início. Como reconhece Costinha em ‘A Bola’, o madeirense quis reformar-se cedo. “Lembro-me que em 2003, num amistoso contra o Cazaquistão, Ele me disse que queria largar o futebol aos 30 anos.“, diz o ex-jogador. Na época ele tinha apenas 18 anos e acabava de chegar ao Manchester United. “Ele me disse: ‘Costa, vou jogar até os 30 anos e depois farei algo diferente.”diz o de Lisboa.
O defesa lembra-se de lhe ter dito que achou difícil que isso acontecesse devido à mentalidade de Cristiano e o tempo deu-lhe razão. “Mais de vinte anos se passaram e ele continua jogando muito e bem”ele declara.
Sobre a possibilidade de atingir 1.000 gols, Costinha não é totalmente claro: “Vai depender de muitos fatores. Depende do que acontecer no futuro, se quiser continuar jogando. Embora, se tiverem oportunidade, tentarão e conseguirão, não tenho dúvidas disso.“. Em vez disso, Cristiano afirmou em seu canal no YouTube que Se não tiver lesões e não for um peso para a equipe, lutará para chegar a esse número.
Ética de trabalho desde o primeiro dia
Se algo caracteriza Cristiano Ronaldo é a sua capacidade de trabalho e esforço.. É algo que o acompanhou ao longo da carreira e que faz dele um exemplo de formação. Nesse sentido, Costinha lembra que ele era assim desde que o conheceu: “Ele era um atleta que antes de treinar ia para a academia. Naquela época falávamos de um jogador que tinha 18 anos e uma força de vontade incrível. É por isso que não estou surpreso com o que ele está fazendo. Ele é um grande jogador e uma excelente pessoa, muito profissional. “Tenho que tirar o chapéu para ele, porque ele sempre tenta estar em uma posição vantajosa em sua profissão”..
Aliás, o antigo jogador do Porto, Mónaco e Atlético de Madrid, entre outros, conta uma anedota curiosa sobre ‘CR7’ naquelas primeiras concentrações com a seleção portuguesa: “Quando ele estava na academia queria testar seu nível de força. Ele andava com o Fernando Couto, que era um jogador defensivo e duro, para ver se em termos físicos ele conseguia corresponder à sua carga. “Eu queria ver se conseguiria enfrentar o jogador mais forte do time.”