A Apple Inc. apresentou a versão mais recente de seu principal dispositivo, o iPhone 16, apostando que pode atrair os consumidores com atualizações modestas de hardware e tecnologia de IA que ainda está no horizonte.
O CEO Tim Cook revelou o smartphone – junto com novos relógios e fones de ouvido AirPods – em um evento na segunda-feira que foi repleto da promessa de inteligência artificial. O iPhone 16 foi construído para IA “do zero”, disse ele, embora os recursos só sejam adicionados gradualmente ao dispositivo por meio de atualizações de software.
É uma aposta do titã da tecnologia, que vem correndo para desenvolver um conjunto de ferramentas chamado Apple Intelligence. Embora a Apple esteja divulgando a tecnologia desde a conferência de desenvolvedores em junho, o software não será incluído nas versões iniciais dos novos iPhones. Eles estarão à venda na sexta-feira, com o produto chegando às lojas em 20 de setembro.
“Este é apenas o começo”, disse Craig Federighi, chefe de software da Apple, durante a apresentação. O primeiro conjunto de ferramentas será lançado como parte de um teste beta em outubro, disse ele, “com mais recursos sendo lançados nos próximos meses”.
A mídia não pôde ser carregada porque o servidor ou a rede falhou ou porque o formato não é suportado. Como parte do evento, a Apple revelou uma versão de seu smartwatch com tela maior e capacidade de detectar apneia do sono. E divulgou um novo software que pode transformar AirPods em aparelhos auditivos.
A estreia do iPhone foi a peça central da apresentação, embora a empresa tenha feito apenas alterações relativamente pequenas na aparência e nos recursos de hardware do dispositivo. O iPhone 16 e 16 Plus estarão disponíveis em novas cores e terão um botão Action personalizável que só estava disponível em modelos mais sofisticados. Há também um chip mais poderoso e um novo botão de controle da câmera que permite aos usuários tirar fotos e acessar as funções da câmera.
Enquanto isso, os novos modelos Pro terão telas um pouco maiores e bordas mais finas. Eles rodarão um processador A18 Pro com um mecanismo neural atualizado – a parte do chip projetada para lidar com tarefas de IA. Os telefones possuem componentes de câmera e recursos de vídeo mais poderosos, permitindo capturar fotos de alta resolução e clipes mais cinematográficos em câmera lenta.
A Apple está tentando se atualizar no mundo da inteligência artificial generativa, onde pares de tecnologia como o Google, da Alphabet Inc., e a Microsoft Corp. fizeram progressos. A apresentação de segunda-feira foi, em parte, um discurso aos consumidores – e a Wall Street – de que a Apple deveria ser levada a sério em IA.
Mas a tecnologia de IA da empresa sediada em Cupertino, Califórnia, ainda está em fase inicial. As ferramentas Apple Intelligence enfrentaram vários atrasos e muitos recursos importantes só chegarão no próximo ano. Por enquanto, a tecnologia está focada em resumir mensagens e notificações, em vez de combinar as capacidades fantásticas dos sistemas rivais.
As ações da Apple caíram mais de 1,5% durante o evento, embora tenham se recuperado mais tarde. Esse tipo de reação monótona é bastante típica durante as apresentações da Apple. A maioria dos novos recursos é divulgada com antecedência e houve poucas surpresas durante a apresentação de segunda-feira.
IA foi o tema principal do evento, que começou às 10h, horário local. A empresa espera usar o software Apple Intelligence para motivar os consumidores a comprar dispositivos atualizados, já que os clientes precisarão de um iPhone recente para lidar com os recursos.
O Apple Intelligence incluirá um assistente digital Siri atualizado e a capacidade de criar emojis personalizados com instruções de texto. O tema “It’s Glowtime” do evento foi uma referência ao visual da nova interface da Siri.
Mas grande parte da tecnologia não estará pronta imediatamente, limitando potencialmente o seu impacto nas vendas do iPhone. Mesmo quando o Apple Intelligence for lançado, em outubro, será um teste beta – uma versão inicial para consumidores mais aventureiros.
Isso “indica que muitos dos recursos ainda estão sendo ajustados para lançamento e não estão prontos para o horário nobre”, disse Gadjo Sevilla, analista da eMarketer, em nota. “O foco na segurança e privacidade é um motivo provável para atrasos nos recursos.”
O iPhone básico continuará custando US$ 799, com o modelo Plus sendo vendido por US$ 899. O iPhone 16 Pro custa US$ 999, enquanto a versão Pro Max maior custa US$ 1.199.
O novo Apple Watch – edição Series 10 – tem 30% mais área de tela, mesmo com design mais fino. O recurso de apneia do sono estará disponível em mais de 150 regiões, disse a empresa.
O novo relógio é cerca de 10% mais fino que a versão da Série 9. Ele também vem com um novo chassi de titânio que é mais leve que os modelos de alumínio. O aparelho custa a partir de US$ 399 e será lançado em 20 de setembro. Uma nova versão da versão Ultra de última geração também foi anunciada, e estará à venda naquele dia por US$ 799.
O evento incluiu uma versão atualizada dos AirPods padrão de US$ 129, que diminui o tamanho do case e adiciona um carregador USB-C. Uma versão de US$ 179 também estará disponível – um produto de médio porte – com cancelamento de ruído. Isso costumava estar disponível apenas nos AirPods Pro de última geração.
A empresa lançou uma nova linha de fones de ouvido AirPods Max de US$ 549 em cores frescas, também com carregamento USB-C. Assim como os demais produtos, os aparelhos serão lançados no dia 20 de setembro. A Apple não lançou uma nova versão de seu AirPods Pro, mas introduziu recursos como teste de audição e capacidade de funcionar como aparelho auditivo. Esses recursos serão oferecidos como atualização de software neste outono.
A estreia do iPhone costuma ser o anúncio mais importante do ano da Apple. O dispositivo representa cerca de metade da receita anual da empresa e ajuda a impulsionar vendas adicionais na forma de acessórios e serviços.
A Apple normalmente não lança o lançamento do iPhone na segunda-feira, mas o momento anterior permitiu que a empresa saísse antes de uma terça-feira agitada: um debate presidencial dos EUA está agendado para esse dia, e deve haver uma resolução em um caso da Comissão Europeia sobre se A Apple tem que pagar US$ 14 bilhões em impostos.
(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)