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Diferentemente da maioria das democracias, no Brasil o voto é obrigatório. A legislação prevê o dever para quem tem entre 18 e 70 anos. Isso significa que quem não votar ou não justificar sua ausência nas urnas corre o risco de sofrer penalidades. O Brasil terá eleições municipais no dia 6 de outubro, em primeiro turno.

Sem a situação eleitoral actualizada, os cidadãos podem ficar sem acesso aos serviços do Estado. Você não pode, por exemplo, renovar o passaporte, obter ou regularizar o Cadastro de Pessoa Física (​CPF), matricular-se em instituições de ensino brasileiras ou ocupar cargos públicos. E, se for servidor público, deixa de receber o salário.

Mas há exceções. O voto não é obrigatório para quem tem entre 16 e 18 anos ou para quem tem mais de 70 anos. E, nas eleições municipais, quem tem título eleitoral de Brasília não vota, porque o Distrito Federal não tem eleição municipal.

Para quem mora em Portugal e transferiu o título de eleitor para o país, as eleições são realizadas a cada quatro anos. A única eleição em que participa é para Presidente da República. Portanto, as próximas votações em Portugal serão em 2026.

Porém, quem não transferiu o título precisa justificar porque não votará nas eleições municipais daqui a duas semanas. Sucessivas ausências às urnas sem justificativa resultam em sanções.

Regularize a situação

Quem não votou nas eleições tem o prazo de 60 dias para justificar. Isto pode ser feito em site fazer Tribunal Superior Eleitoral (TSE)usando o aplicativo e-Títuloou encaminhar o Pedido de Justificativa Eleitoral a um dos consulados do Brasil, que funciona como tribunal eleitoral. É um processo semelhante ao daqueles no Brasil, fora da cidade onde possuem o título de eleitor.

É necessária uma justificativa para cada ato eleitoral. No caso de eleições em dois turnos, como as presidenciais de 2022, o eleitor que não votou deverá justificá-lo duas vezes.

Caso perca o prazo de justificativa, será aplicada multa, que pode variar de R$ 3,51 a R$ 35,13 devido à falta de votos. E, se não votar e não o justificar em eleições consecutivas, o seu nome poderá ser retirado dos cadernos eleitorais, com todas as consequências de não votar.

Existem alguns casos em que a votação não é necessária. Pessoas com necessidades especiais e cidadãos com deficiência mental podem ficar livres de punição. Para tal, estes cidadãos ou os seus representantes devem solicitar a não aplicação de sanções legais.

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