Será difícil para ambos os lados abandonar os combates agora, disseram fontes ao canal
As autoridades americanas esperam que os combates entre Israel e o grupo armado libanês Hezbollah se intensifiquem significativamente nos próximos dias, levando potencialmente a uma guerra total, informou o Politico na sexta-feira, citando fontes próximas à administração do presidente Joe Biden.
Isto ocorre depois de milhares de pagers e walkie-talkies do Hezbollah terem sido detonados em todo o Líbano esta semana, num ataque que se acredita ter sido orquestrado por Israel.
Jerusalém Ocidental teria dito a Washington que planeia usar uma acção militar para pressionar ainda mais o Hezbollah a concordar com uma solução diplomática que permitiria aos israelitas regressar às suas casas no norte. Cerca de 60 mil pessoas foram evacuadas do norte de Israel devido aos ataques quase diários do Hezbollah no vizinho Líbano.
As autoridades norte-americanas que falaram com o Politico esperam que a situação piore nos próximos dias. Os ataques poderão continuar no Líbano e os EUA estão a antecipar a retaliação do Hezbollah contra Israel.
A ação militar também pode incluir o assassinato de comandantes do Hezbollah, ataques contra alvos militares do Hezbollah e novos ataques à infraestrutura de comunicações do grupo, disse um funcionário ao Politico.
Na sexta-feira, Israel bombardeou um edifício residencial em Beirute, matando dois importantes comandantes do Hezbollah.
A actual escalada entre o Hezbollah e Israel é a maior desde a Guerra do Líbano em 2006. Os dois lados têm trocado rotineiramente artilharia e disparos de foguetes transfronteiriços desde que a guerra com o Hamas em Gaza começou em Outubro do ano passado, mas as hostilidades até agora não chegaram a um envolvimento directo e em grande escala.
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