A história da França e de sua professora Thaina

eupara a história de Milton França sim Saimond França É mais um exemplo da importância do desporto, ainda mais naqueles países onde a vida é tão precária quanto autêntica. No bairro de Guaíra Nasceu uma história de superação que levou três irmãos a disputar um Mundo de futsal.

Eles não fizeram isso simultaneamente. Miltono mais velho, experiente na estreia da Venezuela na Copa do Mundo por 40×20. Foi na Lituânia, no 2021. Mas a sorte queria que ele não fizesse isso sozinho, seu irmão do meio, Wilson, o acompanhou. Enquanto isso, o menino foi eleito o melhor jogador juvenil do país e torceu pelos ‘mais velhos’ em casa.

Mas o destino quis que neste 2024 o mais jovem da França defendesse o seu país na quadra, no Copa do Mundo do Uzbequistão. Ele é uma das grandes promessas do futsal venezuelano. Ao seu lado, guardada como a joia que ela é, Wilson a acompanha. Dez anos de diferença permitiram ao pequeno Saimond siga os passos de alguém que ainda é seu ídolo.

“A professora Thaina nos levou milhares de vezes de um jogo para o outro, ela comprou uniformes e sapatos para nós”

Talvez esta história pudesse ter se perdido no caminho, como tantos outros sonhos, se não fosse pela Thaina. Ela foi muito mais que uma professora dos Francias. Conhecida no bairro por sua ajuda altruísta aos que mais precisam, ela foi a grande culpada pelos irmãos que hoje defendem a camisa venezuelana.

“Jogávamos cinco ou seis partidas por dia; cadarços esportivos. Ele viu nosso potencial e decidiu nos ajudar”, confessa Milton. MARCA.

O ’empurrão’ que deu à seleção francesa para ter sucesso no futsal também foi essencial para mantê-la longe das ruas. Más companhias, tempo livre ou falta de recursos podem transformar sonhos em pesadelos. E muitas vezes os jovens atletas simplesmente não têm a sorte e a ajuda de alguém como Thaina para “guiá-los” ao longo do caminho.

Aos poucos o sonho de Milton se tornou realidade. Mas o amor decidiu dar uma ‘reviravolta no roteiro’ à sua história. Acompanhado do companheiro, o irmão mais velho desembarcou em Málaga para continuar um sonho. Nesta ocasião, estar feliz com sua esposa.

Mas este “exílio” durou apenas dois anos. Depois de trabalhar em um Carrefour e jogar em 3ª RFEF do Futsal, Milton decidiu voltar para a Venezuela. Ali o esperava o calor de uma mãe com o coração dividido. Uma mulher que também foi fundamental para alcançar seu objetivo. Graças ao apoio e à disciplina, os irmãos não só disputam a Copa do Mundo, mas também jogam em alguns dos melhores times do país.

“As pessoas perguntam a ela, senhora, por que você está aplaudindo os dois lados se o outro time marcou gol? E ela responde que os filhos estão dos dois ‘lados’”

Embora não seja fácil para Dona Francia ir ver uma partida em que seus filhos se enfrentam. Ela sempre veste a camisa da casa, mas não consegue reprimir o instinto maternal e torcer pelos dois times durante a partida. “As pessoas perguntam para ela, senhora, mas por que ela aplaude os dois lados se o outro time fez gol? E ela responde que os filhos estão dos dois ‘lados’”, explica Milton.

A dinastia francesa foi fundamental para que a Seleção Venezuelana estivesse hoje no Uzbequistão. Mas o futuro está reservado para Saimond. Seu poder, somado ao seu quase dois metros de envergaduratorná-lo um jogador muito promissor.

Que acompanhavam seus ídolos para brincar todos os dias, de quem se vangloriava e a quem tinha a sorte de chamar de irmãos. Agora eles dividem a quadra, a mesma onde se enfrentarão. Espanha para avançar na Copa do Mundo, mas sua história de melhora vai muito além do resultado.



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