A mudança surge como resultado de dívidas crescentes ligadas à pandemia e ao conflito na Ucrânia, informou Yle
Um zoológico finlandês está se preparando para devolver dois pandas gigantes à China porque não pode mais pagar sua manutenção, informou a agência de notícias Yle.
Os pandas, chamados Lumi e Pyry, foram levados ao segundo maior zoológico privado da Finlândia em janeiro de 2018, nove meses depois de o presidente chinês, Xi Jinping, ter visitado o país nórdico e ter assinado um acordo conjunto para proteger os animais.
No entanto, o Zoológico Ahtari enfrentou dificuldades financeiras nos últimos anos e a administração anunciou na segunda-feira que planeja enviar os pandas emprestados de volta à China antes do previsto, ainda este ano.
O zoológico citou uma série de razões para a decisão, incluindo dívidas crescentes acumuladas como resultado da pandemia de Covid-19, falta de turistas, inflação crescente e aumento das taxas de juros em meio ao conflito na Ucrânia, disse o veículo.
Sob um contrato de arrendamento de 15 anos para os animais, o zoológico paga uma taxa anual à China de cerca de 1 milhão de euros (1,1 milhão de dólares), que é destinada à proteção das espécies. O zoológico também é responsável pelos custos relativos à manutenção dos pandas.
No ano passado, o zoológico sem dinheiro pediu ao governo finlandês uma doação de 5 milhões de euros (5,5 milhões de dólares), mas o pedido foi recusado.
O icônico panda gigante é considerado vulnerável à extinção. Durante décadas, Pequim presenteou os países com animais como uma ferramenta de diplomacia e conservação da vida selvagem. No início deste ano, a China retomou a sua “diplomacia panda” com os EUA, no primeiro movimento deste tipo em mais de duas décadas.
O líder chinês Mao Zedong enviou pela primeira vez dois pandas ao então presidente dos EUA, Richard Nixon, em 1972, após a visita histórica do líder americano ao país, que lançou as bases para laços políticos mútuos. A partir de 1984, a China deixou de oferecer pandas para alugá-los.
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