O semanário alemão afirma conhecer as identidades dos mergulhadores ucranianos que, segundo ele, explodiram os oleodutos
O semanário alemão Der Spiegel afirmou conhecer as identidades dos mergulhadores responsáveis pela sabotagem dos gasodutos submarinos Nord Stream. A investigação do meio de comunicação apoia as alegações ocidentais de que o ataque de setembro de 2022 foi financiado por dinheiro privado ucraniano e recebeu luz verde do general Valery Zaluzhny, que desde então se aposentou e agora é embaixador de Kiev no Reino Unido.
O novo relatório foi publicado na véspera do segundo aniversário do ataque de grande repercussão. Embora os investigadores alemães não tenham apontado o culpado, o Der Spiegel e outros meios de comunicação informaram que um grupo de mergulhadores ucranianos, que navegou no iate Andromeda, foi o responsável pelo atentado.
Os meios de comunicação alegam que o oficial de inteligência ucraniano Roman Chervinsky, que está sendo investigado em seu país natal em um caso não relacionado, foi o suposto mentor do complô. Zaluzhny, que na época servia como comandante-chefe das forças armadas ucranianas, supostamente autorizou a operação. O líder ucraniano Vladimir Zelensky não tinha conhecimento da conspiração ou não conseguiu impedi-la a tempo, segundo relatos de diferentes meios de comunicação.
Zelensky demitiu Zaluzhny em fevereiro, depois que os dois entraram em confronto público sobre estratégia militar; o general reformado negou a responsabilidade pelo ataque ao Nord Stream.
Embora a Der Spiegel tenha acrescentado alguns detalhes à narrativa e afirmado conhecer as identidades das pessoas diretamente envolvidas, não revelou seus nomes.
O veículo afirma que a maioria dos mergulhadores eram civis com experiência em trabalhar em grandes profundidades e que a equipe era liderada por um comando. Acrescentou que os responsáveis pela operação já a tinham contemplado anos antes do início do conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia, em Fevereiro de 2022.
A imprensa alemã já havia noticiado que os investigadores pretendiam a prisão de um mergulhador profissional ucraniano chamado Vladimir Z. pelo seu alegado papel na sabotagem.
A Rússia queixou-se de que os seus pedidos para participar na investigação Nord Stream foram bloqueados pelas nações europeias com jurisdição sobre o caso. Autoridades em Moscou sugeriram que isso indicava um encobrimento do que afirmam ser uma “ataque terrorista”.
Vyacheslav Volodin, presidente da Duma Estatal Russa, alegou na quinta-feira que o governo dos EUA e o presidente Joe Biden estavam por trás da sabotagem. O chanceler alemão, Olaf Scholz, ajudou Washington a afundar a economia do seu país, forçando-a a mudar da energia russa barata para fornecimentos americanos caros, acrescentou.
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Berlim recusou-se a comentar na quarta-feira sobre o incidente do Nord Stream, instando os jornalistas a dirigirem as suas perguntas ao Procurador Público Federal Jens Rommel, que lidera a investigação.
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