EEm dezembro de 2015 com apenas 21 anos e um corpo bastante pequeno Reinildo assinou com ele Benfica como a última promessa do futebol Moçambique. No entanto, três anos depois, ele foi para Os Belenenses com a intenção de se afirmar na Liga portuguesa que não tinha conseguido com o clube lisboeta, com o qual não se estrearia na equipa principal. Sua história de superação se completa esta noite em Da luzonde ele retorna totalmente estabelecido na elite como zagueiro canhoto titular no Atlético.
Não foi tão rápido quanto os 35 quilômetros por hora que atingiu em Balaidas abortar um galope de Iago Aspasmas Reinildo conseguiu durante todo este tempo passar de não servir na equipa reserva do Benfica a ser o defesa que mais vence duelos no Atlético. Algo só possível com a força mental que o faz superar qualquer obstáculo e com a determinação de se tornar o jogador que prometeu à mãe.
“A história dele é muito interessante, ele estava na equipa B e chamei-o várias vezes para treinar com a equipa principal. Ele foi um dos últimos a chegar ao Benfica e tinha outros quatro laterais-esquerdos. os 21 da selecção portuguesa, outro um pouco mais novo, o então Ricargo Mangas, que agora joga no SpartaK Moscovo e Nuno Tavares, o da Lazio. E é curioso porque Reinildo é quem já chegou ao nível mais alto. chegar, e o esforço no seu progresso, permitiu-lhe traçar o seu próprio caminho”, recorda Rui VitóriaNa altura treinador do Benfica.
Uma ambição sem limites
Embora tenha disputado vários amigáveis com o clube lisboeta em viagens de pré-época à Alemanha e Inglaterra, a verdade é que Reinildo não encontraria lugar nem no Benfica B, com quem mal disputaria um jogo antes de iniciar os seus empréstimos ao clube. Fafe, Sporting da Covilhã antes de Os Belenenses ser o seu trampolim para Lille. Lá ele conquistaria um Campeonato e uma Supercopa, sendo eleito o melhor lateral do campeonato nacional e despertando o chamado de um Atlético que hoje ilumina o que Lisboa eles mal conseguiam adivinhar.
“Sempre achei muito competitivomuito intenso sim dinâmico. Não era um jogador que faria algo mágico com a bola, mas era muito funcional, muito competitivo, rigoroso e responsável. O problema é que tínhamos cinco jogadores lá e ele foi o último a chegar. Graças à sua mentalidade ele conseguiu esse processo. Achei que conseguiria chegar lá, mas essa jornada é fruto da sua ambição, da sua gentileza e interesse pelo treinamento. Os grandes jogadores não são só os que podem, mas também os que querem”, afirma Rui Vitória, testemunha direta de uma recuperação que mostra o caráter infalível de Reinildo.