Os artigos elaborados pela equipe do PÚBLICO Brasil são escritos na variante da língua portuguesa utilizada no Brasil.
Acesso gratuito: baixe o aplicativo PÚBLICO Brasil em Android ou iOS.
O velório de Carlos Eduardo Neves, que em Segunda-feira foi apanhado pelo incêndio em Albergaria-a-Velhaterá lugar esta quinta-feira na Trofa, Águeda.
O velório de Carlos Eduardo Neves, o brasileiro falecido no incêndio de Albergaria-a-Velha, vai decorrer na Casa Mortuária da Trofa, em Águeda. Ele foi cercado pelo fogo quando tentava salvar máquinas da empresa Bioflorestal do incêndio que acabou consumindo cerca de 10 mil hectares na região.
O velório de Carlos Eduardo terá lugar na Casa Mortuária da Trofa, em Águeda, e terá início às 17h00. O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa não estará presente, pois há outro funeral, o de um militar, à mesma hora. Mas ele enviará um representante.
Fontes da Presidência da República informam que o presidente conversou com a namorada de Neves, Juliana Martins, para prestar homenagens. Os serviços presidenciais coletaram informações sobre a situação brasileira e passou-os ao governo português.
Segundo a Funerária São João de Deus, foi Juliana quem ordenou o velório. A Casa Mortuária da Trofa fica junto à Igreja de São Salvador, no centro da vila.
Batalhador
Neves, 28 anos, pernambucano, estava há cinco anos e meio em Portugal, para onde veio em busca de uma vida melhor. Nascido na comunidade do Coque, no Recife – uma das regiões com os piores padrões sociais do estado -, ele era o caçula de 17 filhos. Ele perdeu os pais quando criança, tendo que se defender sozinho.
Em Portugal, além de trabalhar na empresa Bioflorestal, que gere a floresta e produz biomassa, nos meses de verão vendia bolas de Berlim – uma espécie de sonho – nas praias, como vendedor ambulante. Era conhecido como uma pessoa que gostava de festas e participava sempre no Carnaval de Ovar, um dos mais movimentados do país. Ele deixa uma filha de um ano.
