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O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa do Rio de Janeiro, António Fiuza, está convencido de que o grande número de brasileiros que migram para Portugal resultará num forte aumento da economia portuguesatal como aconteceu quando os portugueses emigraram em massa para o Brasil nas décadas de 1960 e 1970. “As pessoas não migram apenas para trabalhar, mas também para criar riqueza”, afirma. Para ele, os dois países avançaram nos últimos anos, e os atuais fluxos migratórios deverão impulsionar negócios que movimentarão o mundo daqui para frente, principalmente na área de tecnologia.

Para o empresário, as relações entre Brasil e Portugal são boasmas podem melhorar muito se ambos os países olharem para o futuro e não ficarem presos na história. “O momento é de construir novas pontes, não de pregar a separação, para que as gerações futuras possam encontrar o que procuram. Há um mundo a ser explorado em Tecnologia da Informação, entre os startupsna transição energética. Temos trabalhado muito nesse sentido”, destaca. “Nossa Câmara completou 113 anos neste mês de setembro, mas não nos prendemos à história. Para nós, o que importa é olhar para frente e aproveitar as oportunidades que surgem”, acrescenta.

A Câmara tem mais de 150 membros, 40% dos quais sediados em Portugal. Segundo ele, existem empresas de todos os portes, que investem nos dois lados do Atlântico para gerar renda e empregos. “Construímos, por meio da nossa instituição, parcerias com prefeituras e governos do Brasil e de Portugal. Tudo com o objetivo de gerar negóciospreparar os dois países para progredir no mundo”, aponta Fiúza. Na sua opinião, não podemos mais viver de nostalgia, dada a velocidade com que o progresso ocorre.

Nuno Pires vai receber este sábado um prémio pelo seu trabalho na promoção da gastronomia e dos vinhos portugueses
Arquivo pessoal

O presidente da Câmara acredita que, no contexto do novo mundo, também devem ser valorizadas as pessoas, aquelas que têm feito esforços para garantir que as relações comerciais entre Portugal e o Brasil possam aumentar. “Nesse sentido, todos os anos premiamos alguém que faz a diferença”, afirma Fiuza. O escolhido deste ano é o português Nuno Guedes Vaz Pires, CEO da Essência Company. “Nuno Pires é hoje uma referência para compreender como as nossas economias, culturas e sociedades evoluem lado a lado. Promove, com paixão, os vinhos e gastronomia portuguesa em todo o mundo”, destaca.

A cerimônia de premiação acontecerá neste sábado (21/09), no icônico Palácio São Clemente, joia arquitetônica onde funcionou a embaixada de Portugal enquanto o Rio de Janeiro era capital do Brasil. Hoje, o edifício alberga o consulado português. “Estamos completando 113 anos, mas estamos profundamente comprometidos em conectar o velho mundo com o novo. É hora de intercâmbio, de inovação na educação, de formação que seja base para aumentar a produtividade e a competitividade dos países através da sociedade e das empresas”, finaliza Fiuza.

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