“Não há lugar no Irã que Israel não possa alcançar”: o grande alerta de Netanyahu na ONU


Nações Unidas:

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alertou o Irã na sexta-feira que Israel atacará se for atingido primeiro e alertou que seu país pode alcançar qualquer parte do estado governado por clérigos, já que prometeu continuar lutando em Gaza.

“Tenho uma mensagem para os tiranos de Teerã. Se vocês nos atacarem, nós atacaremos vocês”, disse Netanyahu na Assembleia Geral da ONU.

“Não há nenhum lugar no Irão que o longo braço de Israel não possa alcançar, e isso é verdade para todo o Médio Oriente”.

Delegados, inclusive do Líbano e dos territórios palestinos, saíram da sala enquanto Netanyahu subia à tribuna para seu discurso em meio a uma mistura de aplausos e gritos furiosos.

“Depois de ouvir as mentiras e calúnias dirigidas ao meu país por muitos dos oradores neste pódio, decidi vir aqui e esclarecer as coisas”, disse Netanyahu no início do seu discurso.

Antes do seu discurso, os manifestantes reuniram-se em frente ao hotel de Netanyahu em Nova Iorque para exigir o fim da violência em Gaza e no Líbano.

‘Período mais mortal’

Na quarta-feira, os Estados Unidos, a França e outros aliados revelaram uma proposta de trégua de 21 dias, depois de o presidente Joe Biden e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, se terem reunido à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

A Casa Branca disse que o pedido de cessar-fogo foi “coordenado” com Israel, mas o gabinete de Netanyahu disse na quinta-feira que o primeiro-ministro não respondeu à proposta.

“É uma proposta franco-americana, à qual o primeiro-ministro nem sequer respondeu”, afirmou um comunicado do gabinete de Netanyahu, acrescentando que este ordenou ao exército “que continue os combates com força total”.

O Hezbollah e Israel estão envolvidos numa troca mortal de tiros transfronteiriços desde que o aliado palestiniano do grupo apoiado pelo Irão, o Hamas, atacou Israel em 7 de Outubro.

Netanyahu prometeu na sexta-feira que “o Hamas tem que sair” e não teria nenhum papel na reconstrução de Gaza, pois prometeu lutar até a “vitória total”.

Desde segunda-feira, Israel mudou o seu foco de Gaza para a frente norte com o Líbano, onde pesados ​​bombardeamentos mataram 700 pessoas e provocaram um êxodo de cerca de 118 mil pessoas.

Netanyahu disse que Israel continuaria os ataques ao Líbano “até atingirmos os nossos objectivos.”

A ONU disse na sexta-feira que uma intensificação “catastrófica” dos ataques israelenses contra militantes do Hezbollah deixou o Líbano enfrentando o “período mais mortal… em uma geração”.

Os ataques israelitas elevaram o número total de mortos no Líbano para mais de 1.500 pessoas mortas em quase um ano de confrontos, segundo as autoridades libanesas.

Essa contagem ultrapassa os 1.200 mortos, na sua maioria civis, durante a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah, que também matou cerca de 160 pessoas em Israel, a maioria delas soldados.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)


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