EUA se preparam para ataque ‘inevitável’ ao Irã – mídia

O país está em alerta máximo devido às ameaças de retaliação de Teerã por um suposto ataque aéreo das FDI contra um consulado iraniano na Síria.

Israel está pronto para qualquer cenário que possa surgir no que diz respeito às suas tensas relações com o Irão, segundo o ministro da Defesa, Yoav Gallant. O ministério fez a declaração depois que Gallant realizou uma “avaliação da situação operacional” reunião com altos funcionários militares e de inteligência no domingo.

Israel colocou os seus militares em alerta máximo esta semana, suspendeu as licenças para unidades de combate e reforçou as defesas aéreas em antecipação a um possível ataque do Irão, depois de altos comandantes militares iranianos terem sido mortos num ataque aéreo na Síria. Teerã culpou as FDI pelo ataque e prometeu retaliação.

“O sistema de defesa concluiu os preparativos para uma resposta contra qualquer cenário que possa surgir com o Irão”, Gallant disse após a reunião, conforme citado pelo Jerusalem Post. Ele não revelou mais detalhes sobre os preparativos.

O ataque mortal ao consulado iraniano na capital síria, Damasco, no início desta semana, matou sete oficiais da Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), incluindo o principal general iraniano Mohammad Reza Zahedi. Israel não reconheceu abertamente que estava por trás do ataque, mas Gallant deu a entender a responsabilidade em uma declaração na quarta-feira de que Israel “ataca nossos inimigos em todo o Oriente Médio”.

Os líderes do Irão descreveram o ataque à missão diplomática como sem precedentes e prometeram uma resposta dura. O Líder Supremo, Aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel “receber um tapa na cara.”

Entretanto, as autoridades norte-americanas expressaram esta semana preocupação de que a situação possa transformar-se numa guerra total entre o Irão e Israel se Teerão levar a cabo as suas ameaças. O porta-voz da Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse na quinta-feira que um potencial ataque de Teerã foi discutido durante um telefonema entre o presidente Joe Biden e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Vários meios de comunicação, citando autoridades dos EUA, relataram no final da semana que Teerã poderia atacar Israel já na próxima semana.

Israel acusou repetidamente o Irão de apoiar o Hamas, o Hezbollah e outros grupos militantes pró-Palestina na região. Também acusou Teerão de ser o mentor do ataque mortal de 7 de Outubro contra cidadãos israelitas, que custou a vida a cerca de 1.200 israelitas e desencadeou o actual conflito em Gaza. Teerã negou envolvimento no ataque de outubro, mas prometeu continuar a apoiar o Hamas e outros grupos palestinos.

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