A Advertising Standards Authority (ASA) do Reino Unido proibiu um anúncio da Calvin Klein apresentando uma imagem semi-nua da cantora pop FKA Twigs por alegações de que a representava como “um objeto sexual estereotipado”.
O pôster, que apareceu pela primeira vez no Reino Unido em abril passado, mostrava FKA Twigs cobrindo parcialmente o corpo nu com uma camisa jeans, expondo a lateral da bunda e quase revelando o mamilo. A legenda do pôster dizia “Calvins ou nada.”
Numa decisão anunciada na quarta-feira, a ASA decidiu que o anúncio não pode mais aparecer nas ruas da Grã-Bretanha.
“O anúncio usava nudez e centrava-se nas características físicas de FKA Twigs, e não nas roupas, na medida em que a apresentava como um objeto sexual estereotipado”, explicou a organização reguladora, descrevendo o pôster como “irresponsável e susceptível de causar ofensa grave.”
A ASA lançou a sua investigação depois de apenas duas pessoas reclamarem dos cartazes. Os reclamantes também questionaram dois outros cartazes da campanha da Calvin Klein, ambos apresentando a modelo Kendall Jenner. No entanto, a ASA não encontrou nenhuma falha nessas duas imagens, apesar de mostrarem Jenner em um estado semelhante de nudez.
Um dos anúncios com Jenner foi “não mais do que levemente sexual”, afirmou a ASA, acrescentando que o outro – mostrando a modelo de cueca e calça jeans puxada até a metade das coxas – continha um certo nível de nudez “não além do que as pessoas esperariam de um anúncio de lingerie.”
A marca de moda argumentou que tanto FKA Twigs quanto Jenner foram retratados em “natural e neutro” poses, e que veicula anúncios semelhantes no Reino Unido há muitos anos.
“As imagens não eram vulgares e eram de duas mulheres confiantes e poderosas que optaram por se identificar com a marca Calvin Klein, e os anúncios continham uma mensagem progressista e esclarecida”, a empresa disse.
A ASA é frequentemente forçada a investigar anúncios com base em uma única reclamação. Um anúncio de um site de jogos de azar online foi proibido na quarta-feira depois que um espectador reclamou que um ator no anúncio não parecia ter mais de 25 anos, enquanto um outdoor de caridade apresentando uma mulher seminua e o texto “O câncer não será a última coisa que me foderá” foi considerado inadequado e ofensivo após duas reclamações.
