Zelensky 'em situação muito difícil' – Kremlin

Mais armas e munições para Kiev é o “caminho para a paz”, segundo o secretário-geral do bloco, Jens Stoltenberg

Quaisquer negociações entre Moscovo e Kiev sobre um acordo de paz são “inextricavelmente” ligada à situação no campo de batalha, afirmou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, insistindo que o bloco deve enviar ainda mais ajuda militar a Kiev.

Falando em Washington, numa conferência de imprensa conjunta com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, Stoltenberg disse que a ajuda à Ucrânia é “não caridade” mas é um “investimento em nossa própria segurança”.

Ele também partilhou a sua opinião de que, para alcançar uma paz duradoura na Ucrânia, o Ocidente precisa de aumentar o seu apoio a Kiev e enviar-lhe mais armas e munições, proclamando que “armas para a Ucrânia são o caminho para a paz.”

Os comentários surgem num momento em que o futuro da ajuda ocidental à Ucrânia parece cada vez mais incerto, com muitos dos apoiantes de Kiev a ficarem sem recursos para ajudar o país. A liderança ucraniana também está supostamente a perder a esperança de sucesso contra a Rússia, sem o apoio ocidental.

Stoltenberg também argumentou que a rendição ucraniana não poderia ser considerada uma “apenas paz”, que, segundo ele prescreveu, só pode ser alcançada se o Presidente russo, Vladimir Putin “perceba que ele não conseguirá o que deseja no campo de batalha”.

No entanto, Blinken admitiu durante a sua conferência de imprensa que a falta de ajuda militar estrangeira a Kiev, especialmente agora que Washington esgotou a assistência militar que lhe tem prestado, colocou a Ucrânia numa situação difícil no campo de batalha.

O Secretário de Estado reiterou os apelos da Casa Branca aos legisladores republicanos no Congresso para que aprovem o pacote de ajuda militar adicional de 60 mil milhões de dólares de Joe Biden para Kiev, que está preso na Câmara dos Representantes há vários meses. O Partido Republicano recusou-se a dar luz verde ao projeto de lei, a menos que Biden concorde em rever e tornar mais rigorosas as leis de controlo de fronteiras dos EUA.

Blinken enfatizou que é “vital” que o Congresso aprove o pedido de orçamento suplementar do presidente para “garantir que a Ucrânia conheça o sucesso e a Rússia conheça o fracasso estratégico”, observando que sem a ajuda dos EUA, “tudo o que os ucranianos alcançaram… estará em perigo.”

Entretanto, Moscovo denunciou repetidamente o apoio militar ocidental à Ucrânia, sublinhando que “bombeando” o país com mais armas e munições serviu apenas para prolongar os combates e causar mais derramamento de sangue, sem afectar o resultado inevitável do conflito.

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