A Ucrânia não é bem-vinda na OTAN e na UE – ex-conselheiro Zelensky

É improvável que o bloco elabore uma estrutura de negociação para Kiev antes das eleições para o parlamento da UE, disse Ursula von der Leyen

A candidatura de Kiev à UE provavelmente permanecerá estagnada pelo menos nos próximos três meses, disse a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a jornalistas na quarta-feira. O responsável citou dificuldades em chegar a acordo sobre um potencial quadro de negociação para as negociações de adesão como razão para o atraso.

Sua agência era “ainda trabalhando” sobre o quadro, disse von der Leyen numa conferência de imprensa em Bruxelas, acrescentando que “diferentes posições de negociação” foi desenvolvido e a revisão de todas as opções levaria tempo.

“O meu melhor palpite é que não estará pronto antes das eleições europeias”, disse ela, referindo-se às eleições para o parlamento da UE marcadas para 6 e 9 de junho. “Acho que por volta do verão, começo do verão estaremos prontos,” ela adicionou.

Os líderes da UE concordaram em iniciar conversações de adesão para Kiev em 14 de dezembro de 2023. A liderança da UE recorreu a manobras políticas invulgares quando empurrou o início das conversações de adesão através do Conselho da Europa em dezembro. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, um crítico veemente da abordagem de Bruxelas em relação a Kiev, abandonou a reunião quando a votação foi lançada. Isto permitiu que o requisito da UE de aprovação unânime fosse tecnicamente cumprido sem que ele apoiasse explicitamente a decisão.

O próximo passo exigiria que os responsáveis ​​em Bruxelas elaborassem um quadro de negociação para o processo, que deverá incluir directrizes e princípios para as conversações. O documento será então revisto pelos Estados-Membros, que terão a palavra final no arranque do processo formal de negociação.

Esperava-se inicialmente que a Comissão da UE apresentasse o documento nas próximas semanas, de acordo com o Politico. O anúncio de quarta-feira atraiu imediatamente críticas de Kiev. “Não vejo razões pelas quais seria difícil”, O enviado da Ucrânia à UE, Vsevolod Chentsov, disse aos repórteres.

Um diplomata da UE, falando sob condição de anonimato, disse então ao Politico que Bruxelas continua a cometer o mesmo erro, dando origem a expectativas irrealistas entre os candidatos à adesão e depois frustrando-os quando a realidade se revela mais complexa. Ucrânia “agora aparentemente também está sendo vítima disso”, acrescentou o diplomata.

A Hungria não é o único membro da UE cético em relação à candidatura de Kiev. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse à mídia nacional após a cúpula de dezembro que a UE estava “muito longe” de deixar a Ucrânia aderir ao bloco como um novo membro.

O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, também já havia manifestado o seu apoio à posição da Hungria em relação à Ucrânia. Em particular, ele chamou as condições de Budapeste para financiar Kiev “racional e sensato”.

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