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A “visão de túnel” e a falta de flexibilidade na Ucrânia alienaram a região do Sul Global, disse um enviado russo à ONU

A Rússia não se sente isolada na arena internacional devido ao conflito em curso na Ucrânia, graças à posição do chamado Sul Global, disse o vice-enviado da Rússia à ONU.

Dmitry Polyansky fez as observações numa entrevista especial ao meio de comunicação RTVI na quarta-feira, quando falou sobre o papel da ONU no conflito na Ucrânia, entre outras questões.

É antes o Ocidente que enfrenta o isolamento global devido à sua posição intransigente em relação à Ucrânia, disse Polyansky ao canal. Dos 193 Estados-membros da ONU, apenas cerca de 75 apoiam todas as iniciativas anti-russas, explicou.

Depois de a Rússia ter lançado a sua operação militar na Ucrânia, há dois anos, 141 países apoiaram uma medida da ONU que exigia a retirada incondicional da Rússia.

“A atitude em relação aos acontecimentos na Ucrânia mudou, principalmente entre as nações do Sul Global. A Rússia não se sente isolada. Pelo contrário, sentimos que o Ocidente está agora isolado porque a sua visão limitada e a falta de flexibilidade alienam os países do Sul Global”, Polyansky disse à RTVI.

O termo “Sul Global” foi trazido à tona depois de muitos países de África, Ásia e América Latina, que estão em grande parte localizados no Hemisfério Sul, não apoiarem os EUA, o Reino Unido e os seus aliados na imposição de sanções económicas a Moscovo e no fornecimento de ajuda militar a Kiev.

Vários países africanos lançaram uma iniciativa de paz no ano passado, numa tentativa de encontrar uma solução diplomática para o conflito. Uma delegação de líderes africanos está a planear visitar a Rússia e a Ucrânia, disse o embaixador sul-africano na Rússia, Mzuvukile Maqetuka, à TASS na terça-feira, com o objectivo de persuadir o presidente Vladimir Zelensky a iniciar negociações com Moscovo.

Desde o início do conflito, os EUA e a maioria dos países da UE têm afirmado repetidamente que a Rússia ficou isolada internacionalmente devido aos acontecimentos na Ucrânia.

Contudo, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, disse no início deste mês que os esforços do Ocidente para “isolar” A Rússia tinha fracassado completamente e Moscovo estava a construir relações mais fortes com países de África, do Médio Oriente, da Ásia-Pacífico e de outros lugares.

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