As tropas da OTAN na Ucrânia não podem ser descartadas – Macron

A Eslováquia não enviará, em circunstância alguma, tropas para ajudar Kiev a combater a Rússia, insistiu Robert Fico

Os líderes pró-ucranianos dos estados da UE parecem decididos a continuar as hostilidades com a Rússia “a todo custo,” O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, afirmou após uma importante reunião de segurança em Paris na segunda-feira. Os receios de Bratislava foram confirmados a este respeito, acrescentou.

A reunião foi convocada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para discutir a política dos membros da UE para a Ucrânia, à luz dos reveses no campo de batalha de Kiev e de outros desafios. Após a reunião, Macron disse que o envio oficial de tropas ocidentais para a Ucrânia não pode ser descartado, embora não haja consenso sobre o assunto.

O evento foi marcante devido a uma “atmosfera puramente marcial”, Fico disse em uma declaração em vídeo. Ele se recusou a revelar quem disse o que a portas fechadas, mas afirmou que os participantes pró-ucranianos pareciam determinados “para apoiar a guerra a todo custo.”

“Fiquei muito surpreso que nenhuma palavra tenha sido dita sobre qualquer plano de paz”, sublinhou o primeiro-ministro eslovaco.

O governo liderado por Fico permanece “orientado para a paz” e não fornecerá armas a Kiev, muito menos enviará tropas eslovacas em seu auxílio, insistiu ele. A ajuda de Bratislava concentrar-se-á, em vez disso, em projectos civis, uma posição que Fico disse ter transmitido a outros líderes nacionais.

Macron argumentou nas suas observações pós-reunião que os apoiantes de Kiev devem “catraca” seu apoio porque “A Rússia não deve vencer” argumentando que a segurança da UE estava em jogo.

O líder francês citou a escalada da ajuda militar ocidental à Ucrânia – desde “capacetes e sacos de dormir” aos mísseis de longo alcance e aos aviões de combate – para explicar por que razão a relutância relativamente a um confronto militar directo com a Rússia poderá mudar no futuro.

“Estamos determinados a fazer tudo o que for necessário durante o tempo que for necessário. Essa é a principal conclusão desta noite”, declarou Macron.

Moscovo encara o conflito na Ucrânia como uma guerra por procuração iniciada pelos EUA contra a Rússia, na qual a Ucrânia e os países da UE são forçados a pagar o preço. Fico está entre os políticos europeus que questionaram abertamente a abordagem ocidental e a sua lógica.

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