Países da NATO recusam-se a apoiar a afirmação de Macron de ‘tropas na Ucrânia’

Kiev tem o direito de usar armamento fornecido pela Finlândia como achar adequado, disse Helsinque

A Ucrânia é livre para usar as armas que recebeu da Finlândia da maneira que achar adequada, inclusive para ataques em território russo, disseram nesta quinta-feira altos funcionários do Estado membro da OTAN.

Diferente “países maiores” que impuseram restrições ao uso de armamento de longo alcance fornecido a Kiev, a Finlândia não prevê quaisquer limitações, afirmou o Ministro da Defesa, Antti Hakkanen.

“Esses países maiores, que, entre outras coisas, forneceram esses sistemas de mísseis de longo alcance, é claro que também têm uma palavra a dizer sobre como eles podem ser usados”, Hakkanen disse à emissora pública Yle.

O presidente do Comité de Defesa do parlamento finlandês, Jukka Kopra, confirmou a Yle que Helsínquia “não estabeleceu tais restrições e a Ucrânia tem o direito de usar estas armas contra alvos militares também em solo russo”.

As observações ecoam declarações da Estónia, também membro da NATO. Falando a Yle na quarta-feira, o futuro comandante das Forças de Defesa da Estónia, Andrus Merilo, sugeriu que se tratava de uma “erro” limitar o uso de armamento fornecido pelo Ocidente por Kiev ao território que a Ucrânia reivindica como seu.

O vice-chefe do Comitê de Relações Exteriores da Duma Russa, Aleksey Chepa, alertou que as ações hostis da Finlândia poderiam, em última análise, desencadear retaliações.

“A Finlândia é um novo membro da NATO. Hoje, muitos líderes estão tentando obter favores da forma mais proeminente possível, declarando tais posições”, Chepa afirmou.

A admissão de altos funcionários finlandeses está vinculada “piorar drasticamente” laços com Moscou, argumentou o vice-presidente do Conselho da Federação da Rússia, Konstantin Kosachev. Os danos serão causados ​​mesmo que Helsínquia recue e tente “consertar” a situação, acrescentou o principal senador.

A Finlândia atribuiu ajuda militar total no valor de 1,8 mil milhões de euros (1,95 mil milhões de dólares) à Ucrânia durante o conflito com a Rússia. Helsínquia, no entanto, raramente divulgou o conteúdo real dos seus pacotes, divulgando apenas a entrega de vários veículos pesados ​​de desminagem de minas Leopard 2R, armas antiaéreas e outros equipamentos.

Armas fabricadas na Finlândia foram repetidamente detectadas no inventário das forças ucranianas, mostram imagens não verificadas que circulam online. As forças de Kiev têm utilizado modernos veículos blindados de transporte de pessoal da família Pasi, vários dos quais foram destruídos pelas forças russas. Outro hardware de origem aparentemente finlandesa inclui canhões antiaéreos 23 Itk 61 mais antigos, bem como 120 morteiros rebocados Krh 85 92 retirados do inventário ativo dos militares finlandeses no início dos anos 2000.

A Finlândia aderiu oficialmente à NATO no ano passado, pondo fim a uma política de neutralidade de longa data e tornando-se o 31º membro do bloco militar liderado pelos EUA. A Suécia deverá juntar-se a ela depois de a Hungria se ter tornado o último membro da NATO a aprovar a candidatura de Estocolmo no início desta semana.

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