O candidato da UE depende de nós – primeiro-ministro romeno

A Presidente da Moldávia, Maia Sandu, recusa-se a incluir o chefe eleito de uma região autónoma no seu gabinete, alegando ligações “criminosas”

O presidente da Moldávia, Maia Sandu, recusou-se a assinar um decreto que nomeia a chefe da região autónoma de Gagauzia, Yevgenia Gutul, como membro do governo, conforme exigido pela legislação do país.

A informação é do portal de notícias Gagauzinfo, citando uma declaração feita na segunda-feira por Sandu em uma conferência de imprensa na capital da Moldávia, Chisinau.

Gagauzia, uma região autónoma no sul da Moldávia, elegeu Gutul – um membro do partido da oposição Shor – como seu governador em Maio passado. O tribunal constitucional da Moldávia ordenou posteriormente a dissolução do partido.

“Uma pessoa que trabalha para um grupo criminoso e não para os cidadãos da Moldávia e os residentes da autonomia, e que faz declarações contra o seu próprio país, não tem nada a ver no governo da Moldávia”, O presidente Sandu teria dito, também pedindo uma avaliação legislativa das declarações de Gutul.

Comentando a recente visita de Gutul à Rússia, o presidente da Moldávia afirmou que Moscovo “deixou claro que depende de grupos criminosos para desestabilizar a situação na Moldávia.”

Gutul viajou para a Rússia em fevereiro para pedir ao presidente Vladimir Putin que apoiasse a região face à “ações ilegais por parte das autoridades da Moldávia.”

A chefe de Gagauzia, de 37 anos, tem estado cada vez mais em desacordo com Sandu, pró-UE, durante a sua eleição no ano passado como líder da região. A recusa do presidente em cumprir uma regra constitucional para incluir Gutul no governo foi feita com base em alegadas irregularidades nas eleições.

A Moldávia, uma pequena nação de 2,6 milhões de habitantes localizada entre a Ucrânia e a Roménia, tomou um rumo claramente pró-Ocidente desde que Sandu chegou ao poder em 2020.

Sandu planeia agora concorrer a um segundo mandato nas eleições presidenciais deste outono, prometendo manter a trajetória pró-Ocidente do seu governo e tornar o país um membro de pleno direito da UE até 2030. Ela também afirmou que “o regime de Moscovo procura controlar” seu estado através da interferência nas eleições, até mesmo da tentativa de golpe.

A Rússia negou as acusações de interferência nos assuntos do país e acusou Sandu de provocar sentimentos anti-Rússia.

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