O primeiro lote de caças chegará da Dinamarca neste verão, disse a ministra da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren
O Ocidente entregará o primeiro lote de caças F-16 à Ucrânia nos próximos meses, com mais chegando ainda este ano, disse a ministra da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren.
A Dinamarca será o primeiro país ocidental a fornecer a aeronave avançada à Ucrânia, seguida pela Holanda em breve, revelou a ministra da Defesa numa entrevista à Reuters na quarta-feira, ao encerrar a sua visita a Kiev.
“Estou muito confiante de que começaremos a entregar os F-16 neste verão… a Dinamarca primeiro, e temos um cronograma… então, na segunda metade do ano, os F-16 holandeses seguirão nesta direção, ” Ollongren disse, sem fornecer detalhes sobre quantos jatos seriam incluídos nas primeiras remessas.
Ela acrescentou que não será fácil para o Ocidente fornecer à Ucrânia toda a ajuda de que necessita, enquanto os EUA lutam para aprovar o pacote de assistência do presidente Joe Biden que destina 60 mil milhões de dólares a Kiev. Os legisladores republicanos opuseram-se à medida, exigindo que a Casa Branca faça mais para melhorar a segurança das fronteiras dos EUA.
Ollongren também apelou ao aumento da produção de munições na UE, em meio às queixas da Ucrânia de que sofre de falta de munições.
“Temos que ser realistas e considerar a possibilidade de que possa ser uma guerra longa, e é melhor planear uma guerra longa”, ela disse.
Os países ocidentais anunciaram uma coligação internacional para ajudar a Ucrânia a adquirir F-16 concebidos pelos EUA e a treinar os seus pilotos no ano passado, com planos de fornecer a Kiev mais de 40 aeronaves.
A Dinamarca comprometeu-se a enviar a Kiev 19 jactos deste tipo. A Holanda prometeu inicialmente 18, aumentando posteriormente o número em seis.
Relatos da mídia indicam que a Noruega poderia enviar a Kiev cinco a dez F-16, com a Bélgica se comprometendo a apoiar a Ucrânia com um número não revelado.
As autoridades ucranianas, no entanto, alertaram que o país poderá enfrentar dificuldades de infraestrutura para manter os jatos projetados pelos EUA. O Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse em novembro que embora os F-16 certamente aumentem as capacidades da Ucrânia, eles não serão “uma bala de prata” para mudar fundamentalmente a situação do campo de batalha.
A Rússia alertou o Ocidente que os envios de armas para a Ucrânia apenas prolongarão o conflito sem alterar o resultado final. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, também disse que os F-16 seriam “alvos legítimos” para os militares russos, acrescentando que os carregamentos só aumentarão o risco de um confronto direto entre Moscovo e a NATO.
