Um problema secular: dos ‘macacos’ de Buenos Aires ao Bernabéu

Vini Jr será o principal protagonista do confronto Espanha-Brasil desta noite. Não jogará em casa, mas sentir-se-á em casa, que afinal é o Santiago Bernabéu. O confronto será uma reivindicação contra o racismo, a bandeira hasteada pelo torcedor madridista. Alguns saudarão o brasileiro. Serão todos Viníciusverdadeiro líder da seleção brasileira sem discussão e capitão no Bernabéu.

Vinicius Junior chegou à Copa do Mundo do Catar inibido, sem ser aquele jogador corajoso e arriscado, que o Real Madrid já foi, mas que as honras alheias o impediram de ser ele mesmo. A presença de Neymar e outros jogadores de futebol deixaram em segundo plano o madridista, que viu sua seleção ser eliminada da Copa do Mundo sentado no banco em um A decisão incompreensível de Tité.

Vinicius começa a chorar por causa do racismo que sofre: “Só quero jogar futebol”

Um ano e meio depois a história é bem diferente. Vini é o chefe. Ele não precisa usar pulseira (honra comum para Marquinhos) para ser mais que ninguém. Os colegas sabem que em qualquer momento e situação lá está o jogador do Real Madrid para resolver qualquer problema de futebol. “Vencer novamente depois de alguns jogos sem o fazer é muito importante, porque uma geração está a chegar para fazer história”, disse ele após a vitória sobre a Inglaterra.

Confiança total

Sua audácia, sua insistência, sua capacidade de decidir jogos, têm sido as garantias para elevar Vinicius à categoria de mandante do time pentacampeão. A função que foi adquirindo aos poucos no Real Madrid Também o ajudou a se sentir seguro e confiante em tudo que tenta e faz. Tudo é uma repetição do seu dia a dia no time branco. Seu povo o admira e rivais o respeitam ao máximo.

A seleção brasileira passou por uma profunda transformação no último ano e meio. O fracasso vivido no Qatar levou à saída de Tité e é verdade que esperavam ver Tité no banco. Carlos Ancelotti, Optaram por Dorival, técnico da casa para abrir caminho àquela mudança geracional tão necessária. A lesão de Neymar sem dúvida também ajudou porque O ex-Azulgrana era o rei do Brasil.

O contraponto perfeito ao melhor casal da Europa: quem se sai melhor, Bellingham ou Vinicius?

Todos os treinadores assumiram quando chegaram ao cargo e sabiam que Neymar mandava muito. No Catar o jogo da seleção solicitou a presença de Vini, mas nos momentos difíceis as cordas sempre se rompiam do mesmo lado. O jogador do Real Madrid manteve-se em silêncio e admitiu uma situação que neste momento é justamente o oposto. O futebol o colocou em seu lugar.

Trio madrileno

Ninguém contesta que é um dos melhores jogadores do mundo e o verdadeiro líder de um Brasil que chega ao Santiago Bernabéu mais Real Madrid do que nunca, tendo Vini como referência, Rodrygo como escudeiro fiel e Endrick como estrela, com a contagem regressiva para sua chegada ao Real Madrid em andamento. “Nosso grupo é muito bom, somos todos amigos. “Estamos muito felizes por Endrick, por ter entrado e marcado aquele gol… Ele está muito feliz”, disse. comentou Vinicius após a vitória contra a Inglaterra.

A necessidade do Brasil

O Brasil precisa fazer um grande torneio, conquistar um título para recuperar o status de time respeitado em qualquer canto do planeta. Vinicius também busca esse grande momento com sua seleção. O Bernabéu é a próxima estação e sabe que esse jogo pode acontecer no estádio que o viu crescer e se tornar referência mundial. Ele não tem aquela partida redonda e Terça-feira pode ser uma boa ocasião para fazê-lo.

Valorizado e respeitado em seu país, o atacante sabe que seus números devem melhorar. Ele fez 27 partidas pela seleção principal, com apenas três gols marcados. Pouco pelo que é capaz de fazer, principalmente nas duas últimas temporadas, em que vive um caso de amor permanente com o gol e como é difícil dar assistências.



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