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Moscou recusou-se a participar de uma conferência internacional de paz planejada na Suíça

Quaisquer negociações para resolver o conflito na Ucrânia não teriam valor sem a participação da Rússia, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentando uma conferência marcada para junho na Suíça.

As conversações basear-se-ão num plano de paz discutido pela Rússia e pela Ucrânia em março de 2022, em Istambul. Moscou anunciou anteriormente que não participaria do evento.

Segundo Peskov, a situação geopolítica mudou “drasticamente” desde 2022, e seria “míope” não levar em conta essas mudanças durante quaisquer negociações potenciais. No geral, Moscovo está aberto a negociações, acrescentou.

A liderança russa argumentou que a reunião irá apenas promover a “fórmula de paz” de Zelensky, que exige que Moscovo se retire de todos os territórios que Kiev reivindica como seus.

Moscovo rejeitou as exigências como um fracasso, com Dmitry Peskov sublinhando na quarta-feira que “todos” devemos ter em conta que a Rússia ganhou novas regiões. Referia-se a quatro antigos territórios ucranianos que votaram esmagadoramente pela adesão ao país no outono de 2022. A Rússia também sublinhou repetidamente que não entregará a Crimeia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros suíço, Ignazio Cassis, admitiu na quarta-feira que nenhum processo de paz significativo pode ocorrer sem a Rússia. O diplomata reconheceu que Moscovo terá de estar envolvido “mais cedo ou mais tarde, mas não necessariamente desde o primeiro dia”, sugerindo que a primeira conferência possa se concentrar em “exatamente como convidar a Rússia e que papel atribuir a ela”.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse no mês passado que antes que qualquer negociação possa começar, Kiev deve suspender a proibição de negociações com a atual liderança russa, introduzida em outubro de 2022.

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