A Superliga... e pouco mais

Slazer, mas nem tanto. Real Madrid e Barcelona assistem à Superliga como uma necessidade, mas no resto quase não têm nada a ver com isso. Nem na gestão desportiva, nem, claro, na economia. Menos ainda na esfera social e nos antípodas ao nível da arbitragem, com o caso Negreira pelo meio e aquela personagem da entidade madrilena a defender o que é deles, e o que é ainda mais difícil, o que poderia ter sido branco e não acabou assim devido a circunstâncias que ainda estão sendo investigadas. Apesar de tudo, eles dividirão caixa e comida em Zalacaín. Comandos de cortesia.

O Florentino Pérez mais próximo: fotos e risadas com dezenas de fãs na ruaTikTok / @henrygr126

O Real Madrid chega ao Clássico depois de selar presença nas meias-finais da Liga dos Campeões, algo que não é por acaso e que se tornou rotina. Essas doze presenças na penúltima jornada da principal competição europeia dos últimos catorze surgem como consequência de planeamento, estratégia e crença num discurso que costuma ser muito criticado externamente, mas que internamente o eleva à categoria de dogma.

A renovação do contrato Carlos Ancelotti No mês de dezembro foi um exemplo claro de para onde vai o clube branco e que a ideia está acima do ruído exterior. Naquela época já se falava na comodidade de uma mudança, na necessidade da chegada de Xabi Alonso, mas não, nada foi assim. Pela primeira vez desde que Florentino Pérez regressou à presidência, em 2009, um treinador renova contrato a meio da temporada e fá-lo porque considera que o italiano é o melhor treinador possível para o Real Madrid. É acreditar no que é feito.

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O clube branco já há algum tempo que contrata jovens talentos, aplicando um critério desportivo à chegada de jogadores, acima da eventual necessidade. Ficou claramente demonstrado esta temporada, após a saída de Benzema e as subsequentes lesões dos dois defesas-centrais titulares. Nada se enquadrava no que havia no mercado e a estratégia exigia seguir a linha estabelecida, ou seja, não assinar por assinar, algo que há algum tempo penaliza o eterno rival, o Barcelona.

Duas equipes diferentes

O Real Madrid tornou-se uma equipa reconhecível, chegarão novos jogadores, mas quem aparecer, por mais estrelas que seja, deve aceitar aderir a um projecto definido e muito marcado e em que o balneário e o seu equilíbrio estão acima de tudo, como Então é o clube à frente de qualquer jogador de futebol. Florentino Pérez é claro sobre o que faz temporada após temporada. A última palavra é dele, mas José Ángel Sánchez executa e molda o desporto, apoiado numa estrutura com Juni Calafat, Solari, Butragueño e os restantes em perfeita sincronia.

Ao contrário do Barcelona, ​​poucas coisas se sabem para a próxima temporada. A estratégia é avançar da melhor forma possível e as últimas temporadas atestam que muitas destas contratações não tiveram o caminho esperado. Caos contra a ordem. Essa é a realidade.



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