O diretor de 'Furiosa', George Miller, explica por que Anya Taylor-Joy consegue apenas 30 linhas de diálogo

Quando “Furiosa” tiver sua estreia oficial no Festival de Cinema de Cannes este mês, a quantidade de diálogos de seu protagonista poderá surpreender o público. Apesar de retratar o personagem titular durante toda a corrida de duas horas e meia no deserto, a atriz principal Anya Taylor-Joy tem apenas cerca de 30 falas – no total.

DiretorGeorge Miller disse ao Telegraph que o motivo é simples: para ele, o cinema deveria ser rápido. Ele acredita que o diálogo os atrasa.

Miller também refletiu sobre as filmagens de “Mad Max: Fury Road” de 2015 e compartilhou histórias de colegas de elenco Charlize Theron e Tom Hardy discutindo constantemente entre si.

“Eles eram apenas dois artistas muito diferentes”, disse Miller. “Tom tem um dano nele, mas também um brilho que vem com isso, e o que quer que estivesse acontecendo com ele naquele momento, ele teve que ser persuadido a sair de seu trailer. Considerando que Charlize era incrivelmente disciplinada – uma dançarina por formação, o que revelava a precisão de sua performance – e sempre a primeira no set.”

As coisas melhoraram com o tempo, acrescentou. “Sou otimista, então vi o comportamento deles como um reflexo de seus personagens, onde eles tiveram que aprender a cooperar para garantir a sobrevivência mútua”, explicou Miller.

Parece que a rivalidade de Hardy e Theron impactou a forma como Miller abordou “Furiosa”. Ele disse ao canal que conversou com Taylor-Joy e seu colega Chris Hemsworth sobre como manter uma filmagem calma. “É preciso ser obsessivo com a segurança – segurança física, à medida que a filmagem avança e o cansaço se instala, mas também segurança psicológica”, explicou o diretor.

Mais tarde na entrevista, Miller revelou que quando as filmagens do original de 1979 terminaram, ele estava convencido de que o filme era um fracasso – até que países ao redor do mundo começaram a adquirir os direitos de distribuição.

“Foi exibido no Japão e eles disseram: ‘Oh, você fez um filme de samurai’”, disse ele. “Então, na Escandinávia, ouvimos dizer que eles pensaram que era um filme Viking dos tempos modernos. Na França, eles disseram: ‘É um faroeste sobre rodas’. De repente, percebi que o que eu pensava ser uma história bem australiana, explorava todos os tipos de arquétipos e temas universais.”

Leia a entrevista completa com George Miller em O telégrafo.

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