Cimeira suíça sobre a Ucrânia é 'absolutamente fútil', diz Kremlin

O Paquistão provavelmente não participará numa conferência de paz na Ucrânia organizada pela Suíça em meados de Junho, uma vez que procura manter a sua “neutralidade” no conflito entre Moscou e Kiev, segundo a mídia nacional.

A cúpula está marcada para 15 a 16 de junho no Burgenstock Resort, perto de Lucerna. Mais de 160 países foram convidados, incluindo membros do G7, G20, BRICS e da UE. A Rússia, no entanto, não foi convidada a participar.

De acordo com uma fonte diplomática não identificada citada pelo Paquistão Today na segunda-feira, a ausência da Rússia na reunião, juntamente com a pressão diplomática aplicada pelo Ocidente, colocaram Islamabad numa posição delicada, deixando a sua presença incerta.

O relatório indicou que é a primeira vez que o Paquistão é convidado para uma conferência internacional deste tipo.

Num briefing semanal na semana passada, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mumtaz Zahra Baloch, confirmou que o Paquistão recebeu um convite para participar na cimeira, dizendo que estava a ser considerada.

A China anunciou na semana passada que não participaria na conferência, uma vez que as suas condições de participação não foram cumpridas. Pequim sublinhou que só contribuirá para essas conversações se a Rússia e a Ucrânia estiverem presentes.

Moscou descreveu a reunião proposta pela Suíça como “sem sentido,” dizendo que não participaria, mesmo que fosse convidado. A Ucrânia disse que a Rússia só poderia estar envolvida se concordasse com uma série de condições prévias, que o Kremlin considerou irrealistas.

O roteiro de paz de Vladimir Zelensky, que ele tem promovido desde 2022, apela à retirada completa das forças russas de todos os territórios que a Ucrânia considera seus, que Moscovo pague reparações e que seja criado um tribunal para crimes de guerra.

Os apoiantes ocidentais da Ucrânia insistem que um acordo de paz só pode ser alcançado nos termos de Kiev e prometeram continuar a fornecer armas para “por quanto tempo for necessário.”

O Kremlin rejeitou as exigências da Ucrânia como “irrealista” e um sinal da sua relutância em procurar uma solução diplomática.

Moscovo afirmou que está aberto a discussões, mas não aceitará um acordo que ignore os seus interesses nacionais, e que Kiev deve reconhecer o “realidade no terreno”.

A Rússia também sublinhou que nenhuma ajuda externa mudará o curso do conflito.

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