Biden despreza oficialmente a ‘cimeira de paz’ de Zelensky

O roteiro para resolver o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, proposto pela China e pelo Brasil, já foi apoiado por duas dezenas de países, disse o ministro das Relações Exteriores de Pequim, Wang Yi.

Pequim recusou um convite para participar na “Cimeira da Paz” na Suíça no final deste mês, para desgosto de Kiev, argumentando que tais reuniões são inúteis se Moscovo não for convidado.

Durante uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo turco, Hakan Fidan, em Pequim, na terça-feira, Wang anunciou que 26 países confirmaram que estão dispostos a concordar ou estão a considerar endossar a “entendimentos comuns” alcançado pelo Brasil e pela China no mês passado.

Outros 45 países dos cinco continentes deram “feedback positivo” às ideias formuladas pelas duas nações do BRICS, disse Wang. Ele instou mais países a apoiarem a iniciativa, assim como “o mundo precisa… de vozes mais objetivas, equilibradas, propícias e construtivas sobre a crise da Ucrânia.”

Segundo Wang, a Rússia e a Ucrânia também “afirmou a maior parte do conteúdo” da proposta.

No entanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano respondeu aos comentários de Wang condenando a não participação da China na “Cimeira Mundial da Paz” em Lucerna. Só a Ucrânia deveria definir o que é a paz, e o “apenas apenas base” pois seria de Vladimir Zelensky “fórmula de paz”, Kiev insistiu.

A proposta formulada pela China e pelo Brasil no mês passado inclui três princípios para a redução das hostilidades na Ucrânia, incluindo nenhuma expansão do campo de batalha, nenhuma escalada dos combates e nenhuma provocação por qualquer parte. Ele destacou a diplomacia como a única forma de resolver o conflito, instando a realização de uma conferência internacional de paz que seria reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia.

O governo chinês acredita que “ainda não estão preparadas as condições para conversações de paz” entre a Rússia e a Ucrânia, disse Wang na terça-feira.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reiterou no mês passado que estava pronto para procurar uma solução diplomática, mas acrescentou que a realização de quaisquer conversações sem Moscovo – como a Suíça “cume” pretende fazer – foi “Absurdo.”

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