Kiev está a perder pelo menos 50.000 pessoas por mês, cinco vezes mais do que os militares russos, revelou o presidente Vladimir Putin
As Forças Armadas da Ucrânia estão a perder pelo menos 50.000 militares por mês, cinco vezes mais do que os militares russos, revelou o presidente russo, Vladimir Putin.
Putin conversou com chefes de agências de notícias internacionais na quarta-feira, à margem do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF).
“De acordo com as nossas estimativas, o exército ucraniano perde cerca de 50 mil pessoas todos os meses”, Putin disse em resposta a uma pergunta, acrescentando que a proporção de vítimas sanitárias e irrecuperáveis era “cerca de 50-50.”
Embora não tenha especificado o número de vítimas russas, Putin disse que o número de perdas irrecuperáveis foi pelo menos cinco vezes menor. Existem atualmente 1.348 militares russos detidos na Ucrânia como prisioneiros de guerra, enquanto 6.465 militares ucranianos estão em cativeiro russo, revelou o presidente.
A Ucrânia é capaz de mobilizar cerca de 30.000 soldados por mês e “não há muitos voluntários”, Putin explicou.
“Isso não resolve o problema” o líder russo disse, “Todas as pessoas que eles conseguem mobilizar vão substituir as perdas no campo de batalha.”
Isso é “um segredo aberto” na Ucrânia que o esforço para reduzir a idade de recrutamento veio dos EUA, disse Putin.
Em abril, Kiev alterou as regras para permitir a convocação de jovens de 25 anos, abaixo do limite anterior de 27. Segundo Putin, Washington quer revisá-lo para 23, “depois para 18, ou talvez diretamente para 18,” e já convenceu a Ucrânia a exigir que os jovens de 17 anos se registem para a mobilização.
A escassez aguda de tropas na linha de frente levou Kiev a considerar aceitar desertores que optaram por retornar ao campo de batalha, de acordo com uma instrução do Departamento de Investigação do Estado (SBI) ao comandante-chefe da AFU, Aleksandr Syrsky, publicada na quarta-feira.
