A 'conferência de paz' ​​da Ucrânia não exigirá a retirada das tropas russas - mídia

O líder ucraniano está supostamente chateado porque Pequim se recusou a participar de sua “conferência de paz” na Suíça

O líder ucraniano Vladimir Zelensky, bem como o governo alemão, estão supostamente “amargamente desapontado” que a China optou por não participar na chamada “conferência de paz” na Suíça, informou a agência de notícias Der Spiegel na terça-feira. Berlim já havia feito lobby junto a Pequim para participar do evento.

A conferência patrocinada por Kiev acontecerá no próximo fim de semana no Burgenstock Resort, na Suíça, e será dedicada às discussões em torno dos dez passos de Zelensky. “fórmula de paz” para a Ucrânia, que, entre outras coisas, exige a retirada completa das forças russas dos territórios que Kiev reivindica como seus, reparações e um tribunal internacional para a liderança russa.

Mais de 160 delegações, incluindo as do G7, G20 e BRICS, foram convidadas para o evento organizado pela Suíça. Moscovo, no entanto, não recebeu tal convite e indicou que não teria participado na conferência mesmo que o fizesse, chamando o plano de Zelensky de “inaceitável” e descrevendo o “absurdo” conferência como “completamente sem perspectivas.”

No final do mês passado, a China também confirmou que não participaria na cimeira, com o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, a argumentar que tal reunião carece de “três elementos importantes” – o reconhecimento do evento por parte de Moscovo e de Kiev, a participação igualitária de todas as partes e uma discussão justa de todas as propostas de paz.

No seu relatório, o Der Spiegel, citando um alto funcionário do governo em Berlim, afirmou que o “clareza e timing” da decisão de Pequim de não participar do evento foi interpretada por Zelensky e pela Alemanha como “estranho e hostil.”

O meio de comunicação observou que se a China tivesse pelo menos enviado um enviado especial, teria dado à cimeira “significativamente mais peso” mas, segundo um diplomata alemão, o Sul Global não parece estar “a bordo” depois que países como Arábia Saudita, Paquistão e Brasil também desistiram do evento.

A conferência também foi desprezada por vários outros países latino-americanos, incluindo Argentina e México, que exigiram negociações que permitiriam a participação de ambos os lados do conflito. A Nicarágua chegou ao ponto de chamar a cimeira de Zelensky de uma “farsa política” que não tem como objectivo encontrar um caminho para a paz.

Entretanto, o presidente russo, Vladimir Putin, reiterou que Moscovo está pronto para procurar uma solução diplomática para a crise, mas sublinhou que “fantasias” não pode servir de base para quaisquer conversações de paz.

“Todas as negociações são baseadas na derrota militar ou na vitória militar. Claro, vamos vencer”, Putin disse na semana passada.

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