Chegou a hora de Ancelotti nos deixar ver Arda

EUA Inglaterra venceu… mas não convenceu. Os ‘três leões’, um dos grandes candidatos ao título, Eles derrotaram a Sérvia por pouco (1-0) depois de um primeiro tempo bom e um segundo tempo muito pior. Pickford acabou tirando água e Kane deu um chute quase embaixo dos palitos. Desta vez não foi o ‘Rei’ quem os salvou, mas sim Bellingham, que, de qualquer forma, acaba sendo o rei.

Bellingham e a mesa ‘9’

Poucos ‘mas’ podem ser ditos sobre a temporada de Bellingham. O inglês marcou 40 gols, entre gols e assistências, entre clube e seleção. No entanto, temos as suas “pedras”. Quantos gols teria marcado se no Real Madrid tivesse jogado toda a temporada com o tradicional ‘9’ pela frente?

Jogando livremente, atrás de Kane, o ’10’ da Inglaterra mostrou mais uma vez que é melhor chegar… do que ser. Não pode ser por acaso que 12 dos 23 golos que marcou pelo Real Madrid tenham sido com Joselu em campo. E eles jogaram apenas 1.325 minutos juntos…

Owen, Rooney… e Bellingham

Estreou-se tão jovem na elite pelo Birmingham City – 16 anos, um mês e oito dias – que às vezes esquecemos que ainda não completou 21 ‘primaveras’. No Euro 2020 saiu sem marcar – jogou apenas 55 minutos – mas o seu cabeceamento irrecorrível frente à Sérvia fez dele o terceiro inglês mais jovem (20 anos e 353 dias) a marcar na história do Campeonato Europeu das Nações. Apenas Wayne Rooney (18 anos e 237 dias) e Michael Owen (20 anos e 189 dias) o superam.

Foden era esperado… mas Saka apareceu

Bellingham e Foden dominaram os debates dos dias anteriores – em relação a Kane – sobre quem deveria liderar a Inglaterra. Uma equação à qual Bukayo Saka deseja adicionar. O extremo do Arsenal foi um punhal na direita, principalmente no primeiro tempo. Kostic, substituído por Mladenovic, aos 43 minutos terá pesadelos com ele esta noite. Ele a dominou repetidas vezes. Dentro fora… O centro que levou ao placar de 1 a 0 nasceu de suas chuteiras.

Temeroso à frente, com dúvidas atrás

Os ‘três leões’ têm, possivelmente, o maior ‘arsenal’ da Eurocopa a partir do meio-campo. ¡186 gols! avalan um Kane, Saka, Foden, Bellingham, Palmer, Watkins… O grande problema do Southgate não é encaixá-los, mas sim resolver os problemas na defesa. A Sérvia não se preocupou muito, mas a dupla Stones-Guéhi cometeu vários erros, com e sem bola, que contra um rival ‘gordo’ podem mandar para casa. Ver Trippier na lateral esquerda também parece estranho. Não demorará muito para Shaw chegar, se ele se recuperar…

Muito arroz, nem tanto Arnold…

Southgate, a falta de Kalvin Phillips, ausente em ação e devido à inexperiência de Mainoo e Wharton,optei por um pivô duplo, no papel, bem legal: Rice e Alexander-Arnold. Parece melhor do que funciona. Pelo menos, por enquanto. Vimos muito Rice e nem tanto Arnold, muito mais anárquico. O ex-jogador do West Ham atrasou sua posição em relação ao Arsenal e se tornou o ‘mestre e senhor’ do meio-campo. Não é tão exuberante quanto Kanté, mas é incrível o que cobre. Está sempre no lugar certo.

Nova decepção sérvia?

A Sérvia, após quatro tentativas fracassadas (2008, 2012, 2015 e 2020), enfrenta a sua primeira Eurocopa como nação independente. Olhando os nomes que Dragan Stojkovic tem à disposição, principalmente no topo, é impossível não se emocionar: Sergej Milinkovic-Savic, Tadic, Mitrovic, Vlahovic… Muito barulho por nada. A história recente, porém, diz o contrário: caíram na fase de grupos da Rússia 2018 e do Catar 2022. Perder para a Inglaterra está dentro do previsível, mas Terão de acordar frente à Eslovénia e à Dinamarca se não quiserem regressar a casa (de novo) mais cedo.



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