Potência asiática declara intenção de aderir ao BRICS

A Malásia decidiu candidatar-se à adesão ao BRICS e começará a preencher a documentação oficial em breve, disse o primeiro-ministro Anwar Ibrahim.

O líder da nação do Sudeste Asiático, de 77 anos, mencionou a decisão em entrevista ao veículo chinês Guancha publicado no domingo.

“Deixamos nossa política clara e tomamos nossa decisão. Iniciaremos o processo formal em breve”, Anwar disse. “Estamos aguardando o resultado final e o feedback do governo sul-africano.”

Anwar também mencionou trazer o assunto à tona em uma recente reunião com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. A organização foi fundada em 2006 por Brasil, Rússia, Índia e China, com a adesão da África do Sul em 2011. Em janeiro, os BRICS admitiram oficialmente Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos (EAU), mas decidiram manter o nome atual.

A potencial adesão de Kuala Lumpur à organização seria de importância estratégica, uma vez que uma das rotas marítimas mais importantes do mundo – o Estreito de Malaca, que liga o Pacífico ao Oceano Índico – está localizada entre a Malásia e a ilha indonésia de Sumatra.

De acordo com Anwar, a Malásia é “aliviado” que o mundo já não é unipolar e que a ascensão dos BRICS e da China em particular ofereceu “um vislumbre de esperança de que existam freios e contrapesos no mundo.”

O Ocidente quer “controlar o discurso” no mundo, mas “não podemos mais aceitar isso porque eles não são mais uma potência colonial e os países independentes deveriam ser livres para se expressarem”, o primeiro-ministro da Malásia disse a Guancha.

No início deste mês, o embaixador russo na China, Igor Morgulov, disse que cerca de 30 países manifestaram o desejo de aderir ao BRICS. No bairro da Malásia, Tailândia, Sri Lanka e Vietnã já fizeram aberturas para o grupo.

A cúpula do BRICS de 2024 está marcada para outubro em Kazan, na Rússia. Moscou preside a organização desde janeiro.

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