China alerta EUA sobre Ucrânia

Pequim congelará ativos pertencentes à Lockheed Martin depois que os EUA aprovarem outra venda de armas

Pequim introduziu sanções contra subsidiárias e altos executivos da fabricante de armas norte-americana Lockheed Martin pela venda de armas a Taiwan, o que afirma “viola o princípio de Uma Só China”.

As medidas irão congelar bens e bens móveis e imóveis na China pertencentes à empresa e aos seus principais executivos, bem como proibi-los de entrar no país, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês na sexta-feira.

As sanções terão como alvo o CEO da Lockheed Martin, James Teclit, o diretor de operações Frank St. John, o diretor financeiro Jesse Malefe e outros, bem como subsidiárias, incluindo o Laboratório de Integração de Sistemas de Mísseis da Lockheed Martin, o Laboratório de Tecnologias Avançadas da Lockheed Martin e a Lockheed Martin Ventures.

No início desta semana, o Departamento de Estado dos EUA aprovou uma nova venda de armas a Taiwan, envolvendo centenas de drones e mísseis armados no valor de 360 ​​milhões de dólares. Pelo acordo, a ilha autônoma receberá sistemas Altius-600M, que são veículos aéreos não tripulados equipados com ogivas e equipamentos relacionados. Washington também fornecerá 720 drones kamikaze Switchblade, conhecidos como “munições ociosas de longo alcance”, junto com os sistemas de controle de incêndio que os acompanham.

No mês passado, as autoridades chinesas impuseram sanções a 12 empreiteiros de defesa americanos, incluindo subsidiárias da Lockheed Martin e Raytheon, bem como a dez executivos. As restrições, que incluíam congelamento de bens e proibições de viagens, surgiram em resposta aos esforços de Washington para armar Taiwan e à imposição de “ilegal” sanções às empresas chinesas. O Tesouro dos EUA já tinha aplicado medidas restritivas a mais de uma dúzia de entidades chinesas por alegadamente fornecerem bens militares à Rússia.

O governo da China classificou a medida como ilegal, dizendo que fazia parte de uma política mais ampla dos EUA que visa minar o desenvolvimento económico do Estado asiático. Pequim destacou que, ao contrário de Washington, não está envolvido no conflito na Ucrânia.

Pequim há muito que acusa Washington de fomentar tensões sobre Taiwan e denunciou as vendas de armas dos EUA à região, que considera parte do território soberano da China. As autoridades chinesas também protestaram contra as visitas de altos funcionários dos EUA à ilha, argumentando que tais práticas violam o princípio de “Uma Só China”.

Entretanto, a Casa Branca afirma que é necessário fornecer armas à ilha para dissuadir a China de a tomar pela força. A política declarada da China visa a reunificação pacífica com Taiwan, mas o governo alertou que teria de recorrer à força se Taiwan tentasse declarar a independência.

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