Decisão da Suprema Corte dos EUA restringe poderes de agências federais

No centro da questão está uma decisão de 1984 no caso Chevron v Conselho de Defesa dos Recursos Naturais. (Arquivo)

Washington:

O Supremo Tribunal dos EUA, de maioria conservadora, anulou na sexta-feira 40 anos de precedentes legais para enfraquecer o poder das agências federais, que regulam uma miríade de questões que afectam a vida quotidiana dos americanos, desde a poluição atmosférica até aos alimentos e aos medicamentos.

“Os tribunais não podem acatar a interpretação da lei por uma agência simplesmente porque um estatuto é ambíguo”, disse a opinião da maioria escrita pelo presidente do tribunal, John Roberts.

No cerne da questão está uma decisão de 1984 no caso Chevron v Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, que dizia que os juízes deveriam submeter-se às agências governamentais na determinação de uma interpretação “razoável” da lei se a linguagem for ambígua.

Na altura, o caso foi uma vitória para a administração do presidente republicano Ronald Reagan, que acusou os juízes federais progressistas do país de enterrarem a América corporativa sob massas de burocracia desnecessária e restritiva.

Mas a direita política desde então condenou a decisão, dizendo que ela confere poderes injustos ao governo central sobre o poder judicial e significa que as agências podem alterar o significado dos estatutos, dependendo de quem está no comando.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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