40 mortos e mais de 200 feridos em ataques israelenses a Gaza em 24 horas

A guerra Israel-Gaza está em andamento desde 7 de outubro (Arquivo)

O exército israelense emitiu na segunda-feira uma nova ordem de evacuação para partes de Khan Yunis e Rafah, no sul de Gaza, com testemunhas relatando que muitos estavam em fuga.

Centenas de milhares de pessoas já haviam deixado Rafah antes e durante uma ofensiva terrestre lançada pelas tropas israelenses na cidade mais ao sul desde o início de maio.

O alerta para Al-Qarara, Bani Suhaila e outras cidades nas duas províncias, feito nas redes sociais e num comunicado oficial, veio horas depois de Israel ter dito que 20 “projécteis” foram disparados contra Israel a partir da região de Khan Yunis.

O ataque foi reivindicado pelo braço armado do grupo palestino Jihad Islâmica. Israel já havia realizado ataques aéreos em Rafah na segunda-feira.

“O medo e a ansiedade extrema tomaram conta das pessoas após a ordem de evacuação”, disse Ahmad Najjar, morador de Bani Suhaila. “Há um grande deslocamento de moradores”.

O porta-voz do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que “isso apenas mostra, mais uma vez, que nenhum lugar é seguro em Gaza, mais esforços precisam ser feitos para proteger os civis”.

“É mais uma parada neste círculo mortal de movimento que a população de Gaza tem de passar regularmente”, acrescentou o porta-voz, Stephane Dujarric.

Desde o lançamento da sua ofensiva terrestre em Gaza, em 27 de Outubro, as forças israelitas moveram-se progressivamente para sul, no território palestiniano, procurando destruir os batalhões do Hamas, embora os combates tenham recomeçado no norte.

A guerra começou com o ataque do Hamas, em 7 de outubro, ao sul de Israel, que resultou na morte de 1.195 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números israelitas.

Os militantes também capturaram 251 reféns, 116 dos quais permanecem em Gaza, incluindo 42 que o exército afirma estarem mortos.

A ofensiva retaliatória de Israel matou pelo menos 37.900 pessoas, também a maioria civis, segundo dados do ministério da saúde em Gaza, controlada pelo Hamas.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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