O impacto da 'NicoLaminemania'

A Espanha transformou Colônia em uma pista de dança. A gala contou com Nico Williams e Lamine Yamal como estrelas das bandas, de extrema profissão, trabalho que parecia destinado à gaveta da história. Com eles a seleção espanhola viaja em um foguete, desvia das minas com habilidade e finaliza com maldade. O impacto de Nico e Lamine não passa professores no escritório.

Charly Rexach, lenda do futebol espanhol, com uma carreira luxuosa no Barça, Ele era um ponta-direita de classe alta. Analisa como agora “volta a ser visto, como acontece no caso de Vinicius, para jogadores desse tipo quando pareciam uma espécie em extinção. Ter extremos é uma forma direta de criar perigo, é o que acontece quando há transbordamento. Esses jogadores têm velocidade e habilidade, é uma virtude. “A Espanha é um dos poucos que tem esse potencial.”

Endosso de Joaquín

Joaquín, lenda e senha do Betis, artista da finta e do drible, está encantado com o que você está vendo. “Gosto muito de ver Lamine Yamal e Nico jogarem. Eles desequilibram-se com a sua velocidade e avassalador e isso é fantástico para qualquer equipa.”

Eu realmente gosto de ver Lamine e Nico jogarem. Vê-los nos extremos, numa posição que parecia perder, me deixa muito feliz.

Joaquín (ex-jogador de futebol)

‘Pedra, papel, tesoura’ de Nico Williams e Lamine Yamal… por uma garrafa!TWITTER

Roberto López Ufarte ocupou a ala esquerda com um pé esquerdo que produziu coberturas. Sua ‘playlist’ de dribles não encontrou antídoto nas defesas. Para ele “É sempre bom jogar com extremos. Agora acabou com uma perna mudada. Eu, que era canhoto e jogava pela esquerda, às vezes ia para a direita porque como tinha marcação homem a homem, o ponta me seguiu e passou pior”.

Coragem e risco

Nico Williams deu a bola para Rodri no 1 a 1 contra a Geórgia e marcou o terceiro após uma manobra em que misturou o turbo com pontaria e habilidade. Rexach destaca que “Nico Williams tem verticalidade. No futebol você perde muito tempo jogando ao contrário e comece pelo goleiro. Isso às vezes não significa jogar muito bem. Nico é corajoso e assume riscos.”

López Ufarte também não se limita aos elogios: “Nico e Lamine são dois extremos fantásticos, grandes jogadores. Nico deu mais um passo, está a dar passos de gigante. Eu sempre adorei. Ele deixa o rival com certa facilidade e Se não conseguir, tente de novo, e de novo, e de novo.. Ele também tem um bom chute, é excepcional. Ele tem tudo para ter sucesso no futebol”.

Nico e Lamine, Lamine e Nico: A amizade dos ‘manos’, suas danças, pedra, papel, tesoura…Futebol

Lamine Yamal considera o futebol uma recreação. Aos 16 anos ela já o conhece por toda a Europa. Ele deu passe para Fabián no 2 a 1 e marcou um gol que acabou anulado por impedimento. Para Rexach “Lamine tem tudo, é poderoso, rápido, só tem a desvantagem para melhorar um pouco pela direita, mas ele tem soco, centro, poderes.

López Ufarte vê em Lamine Yamal, um jogador que representa “o futuro e o presente, um número um. Há um grande jogador em formação e ter 16 anos não é desculpa para não criticá-lo. Ele é mais um. Ele procura o um contra um e vai embora, falta alguns gols, mas é muito bom. A Espanha precisa de alguém assim.”

Parecia uma espécie que estava desaparecendo. Nico é vertical, assume riscos e é corajoso; Lamine tem tudo. Agora, as crianças nas escolas são instruídas a jogar com calma, passar e passar, e não driblar

Charly Rexach (ex-jogador de futebol e treinador)

Rexach reflete sobre os corpos de diferentes épocas: “São caras fisicamente fortes, antes as pontas eram menores, 20 extremos puros foram vistos e agora Falta gente para eliminar o rival quando não há vagas. São pessoas que dizem que ou eu passo ou tiram de mim. É por isso que quando esse jogo é lançado, ele se destaca tanto.”

As crianças não pechincham

Ex-jogador e ex-técnico, Rexach lembra que “antes, todo mundo, quando criança, driblava. Agora nas escolas eles dizem para você jogar com calma, passar e passar. Quando criança, se você gosta de pechinchar, deveria pechinchar. Haverá tempo para lhe ensinar outras coisas. “Você não elimina ninguém se apenas jogar com calma.”

Joaquín endossa este modelo de futebol: “Adoro o futebol extremo e vê-los jogar agora, quando parecia que aquela posição estava sendo perdida, me dá muita alegria.”

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A perna alterada

A moda traz para a grama a ideia de jogar com a perna trocada na última área do campo. Um destro como Nico voa pela esquerda. Um canhoto como Lamine executa pela direita. López Ufarte esclarece seu gosto: “Eu gosto mais da extremidade natural da perna, mas agora há mais jogadores de futebol que usam as duas pernas. O bom de um extremo é que quando chega à linha de base ele centra-se e não começa a fazer coisas inúteis. Nico e Lamine são corajosos.” Para Joaquín, ver Lamine e Nico com a Espanha “dá dupla satisfação”.

Eles são fantásticos. Nico, se não consegue, tenta de novo, e de novo, e de novo; Lamine procura um a um e vai embora. Eles são corajosos

Roberto López Ufarte (ex-futebolista e treinador)

Rexach destaca que “se houver um bom centroavante que consiga cabecear bem Ele prefere que os laterais joguem com a faixa natural das pernas porque nos centros a bola sai para fora. Agora é um caminho diferente para o centroavante”.

Com a ilusão desencadeada, López Ufarte não dribla a esperança: “Se há uma seleção capaz de vencer a Alemanha é a Espanha”. Além disso, conclui que “Rodri é o melhor de Espanha”. A dança não para e tem seduzido os grandes mestres do ofício. Pedra, papel, tesoura e extremos.



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