Do fundo do coração de Nastassja Kinski.  E uma rainha que dispensa a coroa: Chaka Khan

“A atmosfera era exatamente a de um circo. trupe que ficaram juntos para sempre. Ainda é assim que me sinto hoje”, diz ele. Nastassja Kinskia garota no fio Do Fundo do meu coração. Do quarteto de intérpretes da obra-prima de Francis Ford Coppola, apenas ela e Teri Garr ainda estão vivas. Frederic Forrest e Raúl Juliá já desapareceram.

Um do coração está de regresso aos cinemas, 40 anos depois da estreia em Portugal, numa versão restaurada, reprise. “É o mesmo filme”, escreve Vasco Câmara, “mas, como lhe foi tirado um presente e como a sua memória tem de ser (re)construída, é um filme novo”.

Que presente foi esse? O do Zoetrope Studios, o sonho industrial de Coppola que entraria em colapso logo depois Do Fundo do meu coração – um fracasso comercial, um lindo prego no caixão dessa fantasia. No dossiê de capa desta edição, Vasco Câmara conversa com Nastassja Kinski, escreve sobre como Coppola saiu da lama (Apocalipse agora) para Las Vegas e mergulha nos arquivos dos jornais para descobrir como Um do coração foi recebido em Portugal (spoiler: com aclamação).

Rainha do funk? Chaka Khan dispensar a coroa. Não foi à toa que ele cantou Eu sou toda mulher: sempre foi soul, jazz, rock, infinito e muito mais. “Não há barreiras para o que serei capaz no futuro. Comigo é sempre uma história sem fim”, conta a Pedro João Santos. Tem uma conversa imperdível com uma das grandes vozes da música popular, que atua quarta-feira em Cascais, no Ageas Cooljazz.

Nesta edição, Gonçalo Frota explora o Festival de Almada. É lá que Mathilde Monnier vai jogar na nossa cara nove histórias de violência contra as mulheres, com Luzes Negras. É lá que três espetáculos franceses vão combinar teatro e música: são de Jeanne Desoubeaux, Samuel Achache e Olivier Py (ou Miss Knife). Textos ainda disponíveis apenas em edição impressa.

Também neste Épsilon:

Entrevistas com dois vencedores de importantes prêmios literários: Jean-Baptiste Andrea (Goncourt 2023, Cuide dela) e Josué Cohen (Pulitzer 2022, A família Netanyahu);

Resenhas de filmes Histórias de bondadepor Yorgos Lanthimos, e ao primeiro capítulo de Horizonte: uma saga americanapor Kevin Costner;

Os novos álbuns portugueses Polido (quem entrevistamos) e os australianos Sujo Três;

Charlie Phillipso herói desconhecido da fotografia britânica;

… E não só. Leitura feliz!


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