Rishi Sunak pediu desculpas ao público na sexta-feira depois que seus conservadores foram derrotados pelos trabalhistas nas eleições gerais do Reino Unido, e disse que deixaria o cargo de líder do partido.
O antigo financista de 44 anos apostou em ir ao país seis meses antes do necessário, na esperança de que melhores dados económicos devolvessem o apoio público aos Conservadores.
Mas a votação de quinta-feira indicou que os britânicos queriam enviar uma mensagem clara ao partido, expulsando-os do poder após 14 anos de dificuldades económicas, convulsões do Brexit e lutas internas conservadoras.
“Ao país, gostaria de dizer, em primeiro lugar, que lamento”, disse ele do lado de fora da residência do primeiro-ministro em Downing Street, antes de se dirigir ao Palácio de Buckingham para apresentar a sua demissão como primeiro-ministro ao rei Carlos III.
“Dei tudo de mim neste trabalho, mas você enviou um sinal claro de que o governo do Reino Unido deve mudar. E o seu julgamento é o único que importa.”
“Ouvi sua raiva, sua decepção e assumo a responsabilidade por essa perda.”
A escala da derrota tornou inevitável que Sunak – o quinto líder do partido conservador desde 2010 – também tivesse de renunciar ao cargo de líder conservador.
Mas ele disse que permaneceria no cargo até que fossem feitos os preparativos para uma disputa interna de liderança, que deverá ser uma luta pela alma ideológica do partido.
Sunak viu um número recorde de sua principal equipe ministerial perder seus assentos, incluindo o secretário de defesa Grant Shapps e a líder da Câmara dos Comuns, Penny Mordaunt.
Sua antecessora imediata como primeira-ministra, Liz Truss, também perdeu o cargo.
Sunak – um hindu praticante que é o primeiro primeiro-ministro negro da Grã-Bretanha – desejou felicidades ao seu sucessor, Keir Starmer, chamando-o de “um homem decente e de espírito público que eu respeito”.
“Uma das coisas mais notáveis sobre a Grã-Bretanha é o quão comum é que duas gerações depois de meus avós terem chegado aqui com pouco, eu pudesse me tornar primeiro-ministro”, acrescentou.
“E que eu pudesse ver minhas duas filhas acendendo velas de Diwali nos degraus de Downing Street. Devemos nos manter fiéis a essa ideia de quem somos.”
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