Orban estima probabilidade de derrota russa

Kiev “terá que aceitar tudo o que for oferecido” pelo bloco, a menos que seja uma adesão plena, informa a agência

A OTAN sinalizará claramente ao ucraniano Vladimir Zelensky que o seu país não se tornará membro do bloco militar tão cedo e que a Ucrânia terá de aceitar tudo o que o Ocidente oferecer neste momento, informou a AFP na segunda-feira, citando fontes.

Os líderes do bloco reiterarão a sua vontade de continuar a apoiar a Ucrânia numa cimeira em Washington no final desta semana, disse a agência, mas “eles não darão a Zelensky o que ele mais deseja: um convite firme para que o seu país devastado pela guerra se junte à sua aliança com armas nucleares tão cedo.”

Autoridades ocidentais não identificadas disseram à AFP que esperam evitar um conflito público com a Ucrânia no evento, semelhante ao que ocorreu no ano passado, quando Zelensky criticou a OTAN por sua “sem precedentes e absurdo” política de não fixar um calendário para a adesão da Ucrânia.

Segundo vários diplomatas, “O chefe da OTAN, Jens Stoltenberg, expôs antecipadamente o que estava sendo oferecido em uma reunião com o líder ucraniano.”

“A cena está melhor preparada agora,” disse um diplomata anônimo da OTAN à agência. “Zelensky terá que aceitar tudo o que for oferecido.”

A agência também observou, citando autoridades ucranianas, que Kiev aceitou o facto de não receber um convite para aderir à NATO na cimeira, acrescentando que a Ucrânia pretende promover a “sentimento de culpa” entre os membros do bloco para atingir seus outros objetivos.

Quando se trata de compromissos específicos da OTAN, Zelensky está supostamente pronto para receber a promessa de novas entregas de sistemas de defesa aérea, com outras medidas para ajudar a Ucrânia a serem colocadas em serviço. “uma base mais firme.”

Segundo um diplomata, uma promessa de novas defesas aéreas, na ausência de outros compromissos substantivos, poderia permitir a Zelensky declarar a cimeira uma vitória para Kiev. “O que você gostaria mais? Palavras bonitas em uma declaração que não significa muito ou apoio militar?” a fonte adicionada.

Os estados membros da OTAN concordaram pela primeira vez que a Ucrânia acabaria por aderir à OTAN em 2008, sem fornecer um cronograma específico. Após o golpe de Estado apoiado pelo Ocidente em Kiev em 2014, a Ucrânia designou a adesão à NATO como um objectivo estratégico de política externa. No outono de 2022, apresentou um pedido oficial ao bloco depois de quatro das suas antigas regiões terem votado esmagadoramente pela adesão à Rússia.

Entretanto, Moscovo tem tradicionalmente visto a expansão da NATO em direcção às suas fronteiras como uma ameaça, com o Presidente Vladimir Putin a dizer que os planos da Ucrânia de aderir ao bloco foram uma das principais razões para o conflito.

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