Resultados das eleições francesas provocam tumultos (VÍDEOS)

Gabriel Attal deve permanecer no cargo temporariamente para garantir a estabilidade após eleições chocantes, disse o Palácio do Eliseu

O presidente francês, Emmanuel Macron, recusou-se a aceitar a demissão do primeiro-ministro Gabriel Attal após a segunda volta das eleições nacionais que deixaram a França com um parlamento dividido e sem um candidato claro para o substituir.

A Nova Frente Popular (NFP), que une vários partidos de esquerda, obteve uma vitória surpreendente na votação de domingo, conquistando 182 assentos na Assembleia Nacional, segundo o Ministério do Interior. A aliança centrista de Macron, Ensemble, recuperou-se após um mau desempenho na primeira volta e obteve 163 assentos.

O direitista Rally Nacional (RN), considerado favorito depois de derrotar o bloco de Macron no primeiro turno, ficou em terceiro lugar, com 143 cadeiras. No entanto, nenhum dos grupos conseguiu conquistar os 289 assentos necessários para uma maioria absoluta na legislatura.

O gabinete de Macron disse em comunicado na segunda-feira que “O presidente pediu a Gabriel Attal que permaneça como primeiro-ministro por enquanto, a fim de garantir a estabilidade do país”.

Ocorreram motins em Paris, Rennes e várias outras cidades após o encerramento das urnas, com multidões mascaradas a atirarem garrafas à polícia e a acenderem fogueiras nas ruas. Os policiais usaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão enfurecida.

As eleições antecipadas na França ocorreram apenas três semanas antes do início dos Jogos Olímpicos de Verão de 2024 na capital.

Attal disse no domingo que depois que a coalizão de Macron perdeu as eleições, “Mantendo a tradição republicana, apresentarei a minha demissão ao Presidente da República amanhã de manhã.”

No entanto, o PM ressaltou que permaneceria no cargo “enquanto o dever exigir” se sua renúncia for recusada. “Ser primeiro-ministro é a honra da minha vida”, disse o homem de 35 anos.

Attal foi nomeado primeiro-ministro em janeiro, tornando-se o mais jovem e o primeiro chefe de governo abertamente gay na história francesa. Anteriormente, atuou como Ministro da Educação Nacional e Juventude, Ministro da Ação Pública e Contas e como porta-voz do governo da França.

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