As IDF deram permissão aos seus soldados para matar camaradas em 7 de outubro – mídia

Especialistas em direitos humanos alegaram uma “campanha direcionada” para matar os palestinos de fome

Israel rejeitou as alegações de um grupo de especialistas independentes em direitos humanos da ONU de que teria como alvo os palestinos em Gaza para a fome.

Segundo o grupo de especialistas, 34 palestinos em Gaza morreram de desnutrição desde 7 de outubro, a maioria deles crianças. Eles acusaram Israel de levar a cabo uma “campanha de fome direcionada” contra o enclave.

A missão israelita junto da ONU em Genebra denunciou o relatório na terça-feira, dizendo que os seus autores “estão tão habituados a espalhar desinformação como a apoiar a propaganda do Hamas e a proteger a organização terrorista do escrutínio”.

Os representantes de Jerusalém Ocidental apontaram para o relatório da semana passada da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar, que afirmava que a fome prevista em Março não se materializou. A missão afirmou que Israel ajudou a entregar ajuda humanitária ao enclave, enquanto membros do Hamas “roubar e ocultar intencionalmente ajuda de civis”.

O grupo de peritos, liderado pelo relator especial para o direito à alimentação, Michael Fakhri, argumentou que a situação em Gaza equivale de facto a uma fome, embora a ONU não a tenha classificado formalmente como tal.

“A campanha intencional e direcionada de Israel contra a fome contra o povo palestino é uma forma de violência genocida e resultou em fome em toda Gaza”, disseram os especialistas em um declaração. Eles apelaram à ONU para priorizar a entrega de ajuda humanitária “por qualquer meio necessário”, assim como “acabar com o cerco de Israel e estabelecer um cessar-fogo.”

“Inação é cumplicidade” o grupo disse.

Israel estabeleceu um bloqueio a Gaza há nove meses, após o ataque mortal do Hamas, em 7 de Outubro, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, enquanto cerca de 250 foram feitas prisioneiras. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu lutar até que o Hamas seja “completamente erradicado”, rejeitando qualquer possibilidade de paz com os militantes palestinos.

Uma trégua de uma semana em Novembro resultou na libertação de 105 reféns de Gaza e de 240 prisioneiros palestinianos. As conversações mediadas pelo Qatar, pelo Egipto e pelos EUA não conseguiram garantir um novo cessar-fogo.

Até terça-feira, pelo menos 38.243 palestinos foram mortos e 88.033 feridos durante o conflito, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas. Um estudo publicado recentemente na revista médica Lancet sugerido o número de mortos pode chegar a 186.000, considerando “mortes indiretas” da fome, da sede, da doença e da exposição.

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