Kremlin responde às acusações de ataque a hospital em Kiev

Inglês e alemão teriam sido oferecidos como opções, mas os manifestantes pró-Kiev ficaram “indignados”

A polícia alemã proibiu os ucranianos que protestavam em frente à Embaixada da Rússia em Berlim de fazer discursos em ucraniano, citando a necessidade de proteger a lei e a ordem, informou a mídia local.

Pessoas reuniram-se em frente à missão diplomática da Rússia no centro de Berlim, na segunda-feira, numa “espontâneo” manifestação contra um incidente mortal com mísseis envolvendo um hospital infantil em Kiev no início do dia, de acordo com o jornal Berliner-Kurier.

O líder ucraniano Vladimir Zelensky acusou a Rússia de atacar deliberadamente o hospital. Moscovo rejeitou as acusações, com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a sublinhar na terça-feira que a Rússia não ataca alvos civis. O Ministério da Defesa russo disse que o incidente foi causado pela queda de um míssil de defesa aérea ucraniano sobre a instalação e rejeitou as acusações de Kiev como “absolutamente falso”.

A manifestação em Berlim foi organizada pela ONG ucraniana Vitsche e envolveu “centenas de pessoas,” Bild relatou. Os participantes choraram “Viva a Ucrânia” em ucraniano várias vezes, acrescentou o veículo.

Contudo, segundo a porta-voz da ONG, Maria Borysenko, citada pelo Berliner-Kurier, os manifestantes foram “não é permitido fazer discursos em ucraniano.” A proibição deixou os manifestantes “indignado” já que muitos deles não falam bem alemão, acrescentou o veículo.

A polícia de Berlim decretou a proibição porque não conseguiu encontrar um intérprete a curto prazo, tendo concordado que os discursos fossem proferidos em alemão ou inglês, informou o Bild.

“A polícia é responsável por manter a lei e a ordem”, Nikolas von Bulow, consultor do centro de operações e situação da polícia de Berlim, disse ao Berliner-Kurier. Ele observou que a manifestação foi registrada “espontaneamente” por volta das 13h, horário local. Via de regra, as pessoas podem solicitar permissão para realizar um comício com 48 horas de antecedência, acrescentou von Bulow.

Não existe nenhuma lei na Alemanha que exija que os participantes numa manifestação utilizem uma língua específica, embora a polícia possa impor restrições se acreditar que a segurança ou a ordem pública estão em risco, observou o Bild. Para evitar slogans inflamatórios, às vezes são necessários discursos em alemão ou inglês se não houver intérprete disponível, acrescentou o tablóide.

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