Uma investigação teria sido lançada sobre o financiamento supostamente “ilegal” da política de sua campanha presidencial em 2022

Os promotores franceses iniciaram uma investigação sobre “financiamento suspeito ou ilegal” por Marine Le Pen e pelo partido de direita Reunião Nacional (RN) durante as eleições presidenciais de 2022, informou o canal de notícias BFMTV na terça-feira, citando fontes.

Segundo o veículo, um inquérito judicial foi aberto depois que a Comissão Nacional Francesa de Contas de Campanha e Financiamento Político (CNCCFP) apresentou um relatório aos tribunais em abril passado. De acordo com a lei francesa, os candidatos eleitorais estão proibidos de exceder os limites de gastos estabelecidos durante as suas campanhas. Se esta condição for satisfeita, o estado reembolsa parte das suas despesas. Caso contrário, o CNCCFP pode proceder a alterações nas contas eleitorais, reduzir o valor da indemnização devida ao candidato e, se considerar necessário, reportar o caso para investigação.

A comissão teria encontrado discrepâncias em várias campanhas de 2022, mas apenas o caso de Le Pen foi até agora objeto de investigação, afirmou a BFMTV. Não está claro que punição Le Pen ou o RN poderão enfrentar se a investigação produzir provas de ilegalidades. Até agora, nenhum dos dois comentou o relatório.

A notícia chega depois que o RN, que teve um forte desempenho na votação parlamentar da UE no mês passado, terminou terceiro no segundo turno das eleições francesas no fim de semana, atrás da Nova Frente Popular (NFP) de esquerda e da coalizão centrista Ensemble do presidente Emmanuel Macron. Embora o bloco da Nova Frente Popular tenha surgido com 182 assentos, não conseguiu garantir uma maioria geral, com o governo francês a ter agora de lidar com um parlamento suspenso.

Le Pen, junto com seu pai e fundador do RN, Jean-Marie, também está atualmente no centro de um desfalque sonda. O caso baseia-se em suspeitas de que tanto Le Pens como outros membros do RN eleitos para o Parlamento Europeu utilizaram indevidamente fundos parlamentares num esquema de empregos falsos a partir de 2004. Le Pen e o seu partido negaram qualquer irregularidade.

O julgamento começa em Paris em setembro. Se condenada, ela pode pegar até dez anos de prisão e ser proibida de se candidatar a cargos públicos. Todos os suspeitos também enfrentam multas que podem chegar ao dobro dos fundos alegadamente desviados. O esquema custou ao Parlamento Europeu cerca de 6,8 milhões de euros (7,4 milhões de dólares).

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