Supremo tribunal de Israel decide que judeus ultraortodoxos devem ser convocados

O ministro da defesa aprovou o recrutamento de membros da comunidade a partir do próximo mês, segundo relatos

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, aprovou um plano para começar a recrutar judeus ultraortodoxos para as forças armadas a partir do próximo mês, disse o Ministério da Defesa, citado pela mídia local. Até agora, os membros da comunidade religiosa estavam isentos do serviço das FDI.

O anúncio surge duas semanas depois de uma decisão histórica do tribunal superior do país, em 25 de junho, de que não há base legal para não recrutar judeus ultraortodoxos, que em grande parte não foram recrutados desde a fundação de Israel em 1948.

A autorização teria seguido uma reunião de avaliação na terça-feira com o chefe do Estado-Maior militar, Herzi Halevi, e outras autoridades. Após discussões, Gallant aprovou o processo de emissão de projetos de avisos aos judeus ultraortodoxos durante o próximo mês, dizem os relatórios.

A etapa está sendo implementada “de acordo com as capacidades de absorção e triagem (da IDF), e após um processo significativo de refinamento dos dados existentes sobre potenciais recrutas,” de acordo com o comunicado, citado pela mídia.

No mês passado, o Supremo Tribunal de Justiça não só invalidou a isenção concedida aos judeus ultraortodoxos há 76 anos, mas também ordenou às autoridades israelitas que suspendessem o financiamento para escolas religiosas, ou yeshivas, cujos alunos evitam o recrutamento.

A decisão ocorreu no meio de um sentimento crescente de irritação por parte dos israelitas seculares, à medida que a guerra em Gaza se estende pelo seu décimo mês e Israel enfrenta uma escassez de mão-de-obra. No início deste mês, Gallant disse que o exército do país precisava de cerca de 10 mil novos soldados.

Em Israel, o serviço militar é obrigatório para a maioria dos cidadãos – homens e mulheres – que geralmente começam a servir aos 18 anos. Os israelitas devem passar 24-32 meses nas FDI.

O governo israelita lançou uma operação militar em grande escala em Gaza em Outubro, pouco depois de uma incursão transfronteiriça do Hamas, na qual pelo menos 1.200 pessoas foram mortas e 250 feitas prisioneiras. Acredita-se que cerca de 116 reféns ainda estejam detidos em Gaza.

As hostilidades já custaram mais de 38 mil vidas, enquanto mais de 87 mil pessoas ficaram feridas em ataques israelenses ao enclave palestino, segundo as autoridades de saúde de Gaza.

O número de mortos entre as tropas israelitas desde o lançamento da operação é de 325, e de 681 em todas as frentes desde a incursão liderada pelo Hamas, segundo dados oficiais.

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