NATO mais nervosa com Biden do que com Trump – Politico

Os membros do bloco estão preocupados com as gafes do presidente dos EUA, enquanto ignoram as implicações de uma vitória do candidato republicano

O estado frágil do presidente dos EUA, Joe Biden, parece ter preocupado muito mais as autoridades da OTAN na importante cúpula de Washington do que a forma como o bloco poderia ser mudado drasticamente se o líder republicano, Donald Trump, retomar a Casa Branca, informou o Politico na quinta-feira, citando fontes.

As preocupações de longa data sobre o estado mental do presidente de 81 anos foram exacerbadas pelo seu desempenho instável no debate contra Trump, há duas semanas. Vários meios de comunicação descreveram Biden – que muitas vezes confundia palavras e não conseguia terminar frases – como “atrapalhando” e “incoerente.” O desastre do debate teria deixado alguns democratas lutando para encontrar um substituto para ele, embora o próprio Biden tenha declarado categoricamente que não tinha planos de desistir da disputa.

Biden também participará na importante cimeira da NATO em Washington esta semana. Segundo o Politico, várias nações europeias foram “alarmado” pelo aparente declínio do presidente e cada vez mais preocupado ou mesmo resignado com o facto de poder perder as eleições de Novembro para Trump, que alberga muito mais “hostil” sentimentos em relação à OTAN.

Alguns responsáveis ​​da NATO ficaram chateados com o facto de as preocupações com Biden terem distraído o público do que deveria ser uma cimeira comemorativa, de acordo com o relatório. “É uma sensação muito estranha estar na Europa ouvindo o presidente dos Estados Unidos, e você está mais estressado pensando se ele vai sair do roteiro do que animado para ouvir o líder do mundo livre”, disse. disse um funcionário ocidental à revista.

Uma fonte do Politico observou que “todos estão focados na aparência de Biden” e não nas declarações de Trump sobre a NATO, lembrando que o candidato do Partido Republicano não é muito mais jovem que o seu rival. “Preferiríamos uma situação mais estável nos EUA”, o funcionário acrescentou.

Embora Biden tenha defendido a OTAN como “o baluarte da segurança global”, Trump tem sido muito mais crítico em relação ao bloco. O ex-presidente criticou repetidamente os aliados da OTAN por não pagarem o que considera um “parte justa” das despesas comuns com a defesa. Em Fevereiro, Trump afirmou ter dito aos seus colegas líderes ocidentais que, a menos que investissem mais na defesa, quando estivesse no poder, ele “encorajaria” os russos “para fazer o que diabos eles quiserem.” Isto provocou repreensões tanto da administração Biden como do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg.

No início deste mês, o Politico também informou que Trump estava a considerar um acordo com a Rússia para não expandir a NATO à Ucrânia e à Geórgia caso fosse reeleito.

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