O grupo armado Hafiz Gul Bahadur, que opera a partir do Afeganistão, assume a responsabilidade pelo ataque mortal.
Pelo menos oito soldados paquistaneses foram mortos num ataque depois de homens-bomba terem abalroado um veículo carregado com explosivos contra uma parede perimetral de uma base militar.
Os rebeldes atacaram o posto avançado do exército em Bannu, na fronteira com a área tribal do Waziristão do Norte. Num comunicado divulgado na terça-feira, os militares afirmaram que os soldados mataram todos os 10 agressores envolvidos no ataque.
“Esta resposta oportuna e eficaz… evitou grandes catástrofes, salvando preciosas vidas inocentes”, acrescentou.
Entre os mortos no ataque de segunda-feira estavam sete militares e um soldado paramilitar.
“As Forças Armadas do Paquistão irão… tomar todas as medidas necessárias, conforme considerado apropriado, contra estas ameaças emanadas do Afeganistão”, disseram os militares.
O ataque foi reivindicado pelo grupo armado Hafiz Gul Bahadur, sob o Taleban paquistanês, conhecido pela sigla TTPque o exército afirma operar a partir do vizinho Afeganistão para “orquestrar actos de terrorismo dentro do Paquistão”.
A base da era colonial britânica tem sido historicamente usada como plataforma de lançamento para operações de contra-insurgência e está cercada por casas de civis, que foram abaladas pela explosão de segunda-feira, informou a agência de notícias Reuters citando duas autoridades locais não identificadas.
A explosão inicial derrubou a parede perimetral, permitindo que os demais combatentes entrassem na base.
Uma autoridade local não identificada também disse à agência de notícias AFP que 141 pessoas ficaram feridas depois que combatentes vestindo coletes suicidas “se infiltraram na área residencial”. Eles travaram batalhas com armas e granadas propelidas por foguetes por 26 horas.
Na manhã de terça-feira, supostos combatentes do TTP realizaram outro ataque em Dera Ismail Khan, um distrito próximo de Bannu, onde dois seguranças e três agressores foram mortos.
Os militares do Paquistão lançaram uma raro transfronteiriço operação visando o grupo armado em Março.
Islamabad afirma que tem abordado consistentemente a questão dos ataques transfronteiriços com a administração talibã, que nega permitir a utilização de solo afegão para ataques.
O assunto aumentou as tensões entre os países vizinhos, levando a confrontos entre as suas forças fronteiriças.
O ataque também ocorre semanas depois do primeiro-ministro Shehbaz Sharif anunciar uma nova campanha abrangente para erradicar grupos armados após um aumento na violência.
