Menos de uma semana antes do início do Jogos Olímpicos de Paris, Londres acolheu a décima prova da temporada da Diamond League, na qual muitos atletas apresentaram ou reforçaram as suas credenciais para estarem a lutar pelo pódio. Entre esses nomes próprios, destacou-se o do britânico Matthew. Hudson-Smith, que numa corrida soberba quebrou o recorde europeu e britânico dos 400 metros com 43,74.
Com este registro, Hudson-Smith supera os 44,33 que Thomas Schönlebe estabeleceu há 37 anos (1987) e tornou-se o primeiro europeu a cair abaixo de 44,00. Além disso, é o líder mundial do ano, à frente do americano Quincy Hall, que havia disputado 43,80
Foi uma corrida que deixou outros três recordes pessoais, desde o americano Norwood, segundo com 44,10, até o britânico Dobson, quarto com 44,23.
Femke Bol também chega a Paris em grande forma. Ela demonstrou isso com ela recente recorde europeu na reunião de Chaux-de-Fonds (50,95) e este sábado em Londres reiterou o seu domínio nos 400 metros com barreiras, com a autorização da norte-americana Sydney McLaughlin, com mais uma vitória (51,30, recorde do encontro) em que superou a segunda, Little, por mais de um segundo (52,78).
A outra grande figura do encontro foi o britânico Keely Hodgkinson, que tinha como objetivo quebrar o recorde nacional dos 800 metros em casa. Para isso, recebeu o apoio de seu compatriota Wallace no trabalho da lebre e o resultado foi uma corrida de enorme desempenho. Hodgkinson, sempre líder, chegou acompanhada de Reekie nos últimos metros, e após um sprint soberbo cruzou a linha de chegada em 1: 54,61, recorde britânico, melhor recorde mundial do ano e recorde do encontro.
Fazia seis anos que nenhum atleta de 800 metros corria tanto. Depois, em 2018, no estádio francês Charléty, foi Caster Semenya quem marcou o tempo de 1m54s25. Agora Hodgkinson ultrapassa o americano Athing Mu no ranking de todos os tempos e assim chega ao grande evento do ano como um dos favoritos ao ouro.
Grande Mechaal na milha, terceiro
Adel Mechaal, único representante espanhol nesta prova londrina, completou a preparação para Paris com a disputa da grande milha, na qual terminou em terceiro, com 3m49,21. O pupilo de Antonio Serrano só foi superado pelo australiano Hoare (3:49,03) e o Norueguês Nordas (3:49,06) em um grande teste antes dos Jogos.
O espanhol, que como o resto dos seus rivais teve que evitar a queda de vários atletas nos primeiros metros, Ele permaneceu no meio do grupo, avançou pela faixa 1 para melhores posições e terminou fazendo uma última mudança para chegar em terceiro à linha de chegada.
Uma das surpresas do rali veio do peso, onde Ryan Crouser, que buscará seu terceiro ouro olímpico em Paris, perdeu para o italiano Leonardo Fabbri. O recente campeão continental levou o aparelho para 22,52 em seu quinto arremesso, enquanto o americano não conseguiu melhorar essa marca, com melhor lance de 22,37, também no quinto.
Vitória e recorde de Pryce nos 400 m
Foi nos 400 metros femininos que se alcançou mais uma melhor marca da temporada, com a vitória do jamaicano Pryce, que venceu com 48,57, à frente do polonês Kaczmarek (48,90). O tempo de Pryce também é um recorde nacional e de reuniões.
Nos 400 metros com barreiras masculino, a vitória foi do brasileiro Dos Santos, com 47,18, enquanto nos 3 mil metros, Dominic Lobalu quebrou o recorde nacional suíço ao conquistar a vitória, com 7m27s68. Além disso, o australiano Mackenzie venceu o dardo, com a marca de 66,27 metros, e Mihambo, recente campeão europeu de longos, venceu a prova, com 6,87. Nos 200 metros, o americano Thomas venceu com recorde de encontro (21,82).
O encontro foi encerrado com a prova dos 100 metros, onde o americano Noah Lyles, que aspira em Paris ganhar seu primeiro ouro olímpico -depois do bronze em Tóquio nos 200 metros-, estabeleceu seu recorde pessoal no hectômetro, com 9,81, à frente do sul-africano Simbine, com 9,86.