10 momentos-chave na guerra Israel-Hamas

Na madrugada de 7 de outubro, centenas de combatentes do Hamas infiltraram-se em Israel. (Arquivo)

Depois de membros do grupo palestiniano Hamas terem levado a cabo o pior ataque da história de Israel, em 7 de Outubro de 2023, Israel respondeu com uma campanha militar devastadora na Faixa de Gaza.

A operação aérea e terrestre matou pelo menos 39.480 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, que não dá detalhes sobre mortes de civis e militantes.

A AFP relembra momentos-chave da guerra.

Ataques do Hamas

Na madrugada de 7 de Outubro, centenas de combatentes do Hamas infiltram-se em Israel.

Eles matam civis nas ruas, nas suas casas e num festival de música no deserto, e atacam tropas em bases militares.

Eles capturam 251 reféns e os levam de volta para Gaza, com 111 ainda detidos, incluindo 39 que os militares afirmam estarem mortos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, promete destruir o Hamas, que é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia e Israel.

Êxodo do Norte de Gaza

Israel começa a bombardear e sitiar Gaza. Em 13 de Outubro, apela aos civis no norte de Gaza para que se desloquem para sul antes de uma esperada ofensiva terrestre.

No final de Julho, apenas 14 por cento das áreas em Gaza não estavam cobertas por ordens de evacuação, afirma o chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos, e a ONU relata que cerca de 90 por cento dos habitantes de Gaza estão deslocados.

Invasão terrestre

Em 27 de outubro, Israel lança uma ofensiva terrestre.

Em 15 de Novembro, tropas israelitas atacam o hospital Al-Shifa, a maior instalação médica de Gaza, onde Israel afirma que o Hamas tem um centro de comando, algo que o Hamas nega.

Trégua e troca de reféns

Em 24 de novembro, entra em vigor uma trégua de uma semana entre Israel e o Hamas.

O Hamas liberta 80 reféns israelenses em troca de 240 palestinos detidos em prisões israelenses. Vinte e cinco outros reféns, principalmente trabalhadores agrícolas tailandeses, também são libertados fora do acordo.

Israel permite mais ajuda a Gaza durante a pausa, mas a situação humanitária no território sitiado continua terrível.

Quando a guerra recomeça, Israel expande as suas ações para o sul de Gaza.

Apelo para prevenir o ‘genocídio’

Numa decisão provisória de 26 de Janeiro num caso movido pela África do Sul, o Tribunal Internacional de Justiça ordena que Israel faça “tudo” para evitar quaisquer actos de genocídio.

Debandada mortal de comida

Em 29 de Fevereiro, as forças israelitas abriram fogo contra residentes do norte de Gaza que correm em direcção a um comboio de camiões de ajuda alimentar, dizendo acreditar que “representavam uma ameaça”.

O Ministério da Saúde de Gaza afirma que 120 pessoas foram mortas a tiros e centenas ficaram feridas, chamando-o de “massacre”.

Os militares de Israel dizem que a maioria das vítimas foi pisoteada ou atropelada pelos caminhões.

Desde o início de Março, vários países, incluindo os Estados Unidos, lançaram ajuda sobre Gaza que, segundo as Nações Unidas, enfrenta a fome. Um navio de primeiros socorros vindo de Chipre chega em 15 de março.

Trabalhadores humanitários mortos

No dia 1 de Abril, sete trabalhadores humanitários da instituição de caridade norte-americana World Central Kitchen são mortos num ataque israelita, que os militares afirmam ter sido um “erro trágico”.

Netanyahu ameaça repetidamente enviar tropas terrestres para Rafah, a cidade mais ao sul de Gaza, onde a maioria dos 2,4 milhões de habitantes do território procurou abrigo.

Irã ataca Israel

Os temores de um transbordamento regional aumentaram em 13 de abril, quando o Irã atacou Israel com drones e mísseis em retaliação ao ataque mortal de 1º de abril ao consulado iraniano em Damasco, atribuído a Israel.

Em 19 de Abril, os ataques visaram o centro do Irão, que minimiza os incidentes sem culpar Israel. Israel não assume responsabilidade.

Operações no sul

Em 7 de Maio, o exército de Israel lança a sua ofensiva em Rafah, onde as Nações Unidas dizem que cerca de 1,4 milhões estão abrigados, e assume o controlo da passagem da fronteira com o Egipto, bloqueando efectivamente um ponto de entrada fundamental para a ajuda.

Uma greve durante a noite de 26 a 27 de maio é responsabilizada por iniciar um incêndio em um acampamento, matando 45 pessoas, dizem as autoridades de Gaza. Israel afirma que dois importantes agentes do Hamas foram os alvos.

Durante oito dias em julho, o exército de Israel atacou cinco escolas que abrigavam pessoas deslocadas, deixando dezenas de mortos, dizem fontes do Hamas e de Gaza.

Em 13 de julho, um ataque perto de Khan Yunis matou 92 pessoas e outras 70 morreram em 22 de julho, diz o Hamas.

Temido surto regional

Os rebeldes Huthi do Iémen, apoiados pelo Irão, que realizaram 90 ataques a navios no Golfo desde Novembro, em solidariedade com Gaza, reivindicam, em 19 de Julho, um raro ataque de drones a Tel Aviv que mata uma pessoa.

No dia seguinte, Israel bombardeia o porto de Hodeida, controlado pelos Huthi, no Iêmen, causando um grande incêndio na instalação estratégica e matando seis pessoas, dizem os rebeldes.

Na fronteira israelo-líbano, as trocas de tiros quase diárias desde Outubro entre o exército israelita e o grupo islâmico libanês Hezbollah intensificaram-se em Julho.

Em 27 de julho, um ataque com foguetes mata 12 jovens na cidade árabe drusa de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, anexadas por Israel.

Israel atribui o ataque ao Hezbollah, que nega a alegação.

Israel retalia com vários ataques, incluindo um na terça-feira nos subúrbios ao sul de Beirute, que mata Fuad Shukr, um importante comandante do Hezbollah, diz o grupo, e cinco civis.

Em 31 de julho, o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, é morto num ataque no Irão. A culpa da operação é de Israel, que se recusa a comentar.

Em 1º de agosto, Israel confirma que o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, foi morto num ataque em julho em Gaza.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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