Ataque israelense mata comandante de campo da unidade de elite do Hezbollah: relatório

O Hezbollah disse que lançou um ataque a Israel “em resposta” a um ataque mortal israelense no sul do Líbano.

Beirute:

O Hezbollah disse que lançou foguetes contra o norte de Israel na quinta-feira “em resposta” a um ataque israelense mortal no sul do Líbano – o primeiro ataque do grupo depois que Israel matou um comandante de alto escalão no início desta semana.

O grupo apoiado pelo Irã disse em um comunicado que “lançou dezenas de foguetes Katyusha… em resposta ao ataque do inimigo israelense em… (a vila de Shama, no sul) que matou vários civis”.

Os militares israelenses disseram que logo após o lançamento do foguete, a Força Aérea “atingiu o lançador do Hezbollah de onde os projéteis foram lançados”.

Na quinta-feira anterior, o Ministério da Saúde libanês disse que quatro sírios foram mortos num ataque israelense no sul, onde o Hezbollah e Israel trocaram tiros quase diariamente desde o início da guerra em Gaza, em outubro.

“O Ministério da Saúde anuncia… que quatro cidadãos sírios foram martirizados” num “ataque israelita” na aldeia de Shama, no sul do país, afirmou num comunicado.

O ministério disse que o número pode aumentar assim que os testes de DNA forem realizados.

O ataque também feriu cinco cidadãos libaneses, acrescentou.

Os serviços de emergência disseram à AFP que os mortos eram trabalhadores agrícolas e parte da mesma família.

Nuvens de fumaça saíram do local do ataque, que danificou gravemente dois edifícios próximos e queimou um veículo, informou um fotógrafo que contribuiu para a AFP.

O ataque foi o primeiro do Hezbollah desde que um ataque aéreo israelense matou seu principal comandante, Fuad Shukr, na noite de terça-feira, com o líder Hassan Nasrallah dizendo que as operações seriam retomadas na manhã de sexta-feira.

Nasrallah alertou que seu grupo responderia ao assassinato de Shukr.

Sua morte foi seguida horas depois, na quarta-feira, pelo assassinato do chefe do Hamas, aliado do Hezbollah, Ismail Haniyeh, em um ataque em Teerã, que o Irã e o Hamas atribuíram a Israel. Israel se recusou a comentar seu assassinato.

A violência desde outubro matou pelo menos 542 pessoas do lado libanês, a maioria combatentes, mas também 114 civis, segundo um balanço da AFP.

Pelo menos 22 soldados e 25 civis foram mortos no lado israelense, inclusive nas Colinas de Golã anexadas, segundo dados do exército.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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